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Notícias / Discord

Discord: O aplicativo de conversas que virou veículo de conteúdos violentos

Famoso aplicativo usado principalmente por adolescentes se tornou palco de desafios extremos e vídeos perturbadores

Redação Publicado em 01/05/2023, às 08h30 - Atualizado às 15h18

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Fotografia meramente ilustrativa - Pixabay
Fotografia meramente ilustrativa - Pixabay

O Discord é uma plataforma gratuita usada para conversas por texto, voz e vídeo, funcionando de forma semelhante ao antigo MSN. Ele é particularmente popular entre jovens, de forma que passou a gerar preocupação no público recentemente com a identificação de interações violentas dentro dele. 

Uma reportagem recente do Fantástico relatou uma série de situações alarmantes ocorridas no aplicativo, em que criminosos anônimos incentivavam adolescentes a realizar desafios extremos envolvendo automutilação, crueldade contra animais e até mesmo pedofilia

Um exemplo preocupante

Um dos casos descritos diz respeito a uma menina de apenas 13 anos que, em setembro de 2022, teria agredido o gato de uma vizinha. Primeiro, tentou asfixiá-lo e inserir uma faca dentro dele, e depois ateou fogo ao seu pelo, tudo enquanto as imagens capturadas por sua webcam são transmitidas para uma comunidade de 16 mil usuários. A garota seria uma moradora da Grande São Paulo.

Posteriormente aos atos grotescos cometidos pela menor de idade, ela ainda fez uma postagem dizendo que seus ataques ao felino teriam acabado por iniciar um incêndio na casa de sua vizinha, ao que equipes de bombeiros foram chamados ao local. "Botei fogo na casa. Daora", escreveu a jovem. 

Regulamentação

Em entrevista à Globo, Thiago Tavares, que é o presidente da SaferNet Brasil — uma ONG destinada à defesa dos direitos humanos na web —, comentou a respeito do problema: 

A gente tem visto uma escalada, não só do número de denúncias de violência, de conteúdo extremista na internet, mas também uma escalada do nível de crueldade e sadismo, muitas vezes, desse conteúdo. A fiscalização ou digamos o controle disso é muito precário", apontou ele. 

Tavares não é o único a reparar nesta falta de regulações adequadas que censurem o conteúdo violento do Discord e outros espaços virtuais. Tanto é que a plataforma de conversas está atualmente em contato com diversas entidades especializadas a fim de melhorar a segurança de seus por vezes jovens e impressionáveis usuários. 

Estamos colaborando ativamente com o governo e agências de aplicação da lei no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto trabalhamos para o objetivo comum de prevenir danos", afirmou o Discord em uma nota repercutida pelo Fantástico. 

O assunto não está, todavia, apenas nas mãos do aplicativo. Isso pois a nossa Câmara dos Deputados está discutindo nesta semana uma mudança legislativa que fará com que o governo possa interferir na regulamentação dessa e outras plataformas digitais — que até então era realizada de forma autônoma por cada empresa.