Ações movidas contra o 'rei do pop' se referem a possíveis abusos nas décadas de 80 e 90
Redação Publicado em 21/08/2023, às 07h58
Na última semana, dois antigos processos contra o falecido 'rei do pop', Michael Jackson, foram reabertos, envolvendo acusações de dois homens que alegam terem sido abusados sexualmente na infância pelo cantor. Vale mencionar que o caso correu no Tribunal de Apelações da Califórnia, onde ocorrem revisões e possíveis mudanças em decisões penais — ambos os processos mencionados já haviam sido rejeitados em 2020 e 2021.
Os americanos Wade Robson, de 40 anos, e James Safechuck, de 45, afirmam que os abusos sofridos por eles por parte de Michael Jackson ocorreram no final da década de 1980 e começo da de 1990 na antiga propriedade Neverland. Nas acusações, também acusam os funcionários das empresas do ídolo — a MJJ Productions Inc. e a MJJ Ventures Inc. — de colaborarem com os atos.
No caso, esses funcionários tinham o dever de cuidar dos garotos para o artista, e não tomar quaisquer medidas para impedir que os abusos ocorressem. Ainda assim, advogados de Michael Jackson — que faleceu em 2009 após uma intoxicação aguda anestésico — defendem sua inocência, bem como as empresas negaram as acusações.
Permanecemos totalmente confiantes de que Michael é inocente dessas alegações, que são contrárias a todas as evidências críveis e corroboradas independentemente, e que foram feitas pela primeira vez anos após a morte de Michael por homens motivados unicamente pelo dinheiro", atestou o advogado do espólio do artista, Jonathan Steinsapir, ao qual pertencem as empresas, em comunicado.
De acordo com a Rolling Stone Brasil, os processos de Wade Robson e James Safechuck foram abertos primeiro em 2013 e 2014, respectivamente, mas devido ao prazo de prescrição da Califórnia, ambos foram rejeitados em 2017. Então, em 2020 foram reabertos depois de algumas mudanças na lei estadunidense, mas em outubro do mesmo ano e abril de 2021 foram rejeitados mais uma vez, pois as corporações e seus funcionários não teriam obrigação de proteger as crianças.
Foi somente na última sexta-feira, 18, que os processos foram aceitos e devem passar por julgamento, sob a afirmação do Tribunal de Apelação do Segundo Distrito da Califórnia de que "uma corporação que facilita o abuso sexual de crianças por um de seus funcionários não está isenta de um dever afirmativo de proteger essas crianças apenas porque é de propriedade exclusiva do autor do abuso."
