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Notícias / Escravidão

Dono de restaurante com funcionários em regime análogo à escravidão é preso

Essa é a segunda prisão de suspeitos no caso dos trabalhadores libertados no último dia 19

Isabelly de Lima, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 24/01/2023, às 15h37

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Restaurante em que os funcionários foram encontrados - Divulgação / Polícia Civil de São Paulo
Restaurante em que os funcionários foram encontrados - Divulgação / Polícia Civil de São Paulo

Há quatro dias, 15 pessoas foram libertas de um restaurante japonês, na zona leste de São Paulo, onde trabalhavam e viviam em situação análoga à escravidão. Nesta terça-feira, 24, a Polícia Civil de São Paulo informou nas redes sociais que o dono do local foi preso.

O suspeito é a segunda pessoa presa pela polícia depois que o resgate aconteceu. Sua identidade, no entanto, não foi revelada. O grupo de trabalhadores atuava e morava no restaurante, localizado na Vila Formosa. Uma mulher de 39 anos, a gerente do local, foi detida no dia da operação policial.

A primeira suspeita foi solta depois de uma audiência de custódia. Além de ser investigado por redução dos funcionários à condição análoga à escravidão, o segundo suspeito foi preso também por crime contra as relações de consumo, já que, no restaurante, foram encontrados alimentos vencidos.

Relato importante

Segundo a UOL, um dos funcionários resgatados — que não quis se identificar — contou que os outros companheiros de trabalho não tinham data certa para receber o salário, além de serem orientados a reaproveitar os alimentos de um cliente para o outro. Ainda de acordo com ele, os valores da passagem de sua cidade natal e o que consumia no local eram descontados do salário dele.

O restaurante publicou uma nota de esclarecimento nas redes sociais dizendo que “os fatos serão, em tempo oportuno, devidamente esclarecidos no bojo do processual judicial e administrativo".

A empresa investigada se resguarda ao direito de se manifestar no momento processual adequado sobre o que for necessário à elucidação dos fatos e demonstração da verdade real", completa a nota.