Segundo o empresário, o dispositivo de interface cérebro-computador permite que pessoas com paralisia controlem equipamentos com o pensamento
Éric Moreira Publicado em 30/01/2024, às 08h03
Nasta terça-feira, 29 de janeiro, o empresário bilionário Elon Musk anunciou que uma de suas empresas, a Neuralink, havia realizado na segunda, 28, o primeiro implante de seu chip cerebral em um ser humano. Chamado dispositivo de interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês), ele pode permitir que pessoas com paralisia controlem equipamentos apenas com seus pensamentos.
Agora, conforme divulgado por Musk em seu perfil no X (antigo Twitter, rede social que pertence a ele próprio), o paciente que passou pela cirurgia vem se recuperando bem. Não foram divulgados muitos detalhes do procedimento, mas o empresário disse que as análises preliminares detectaram sinais "promissores" de atividade neural.
The first human received an implant from @Neuralink yesterday and is recovering well.
— Elon Musk (@elonmusk) January 29, 2024
Initial results show promising neuron spike detection.
O implante, segundo o portal Tilt, do UOL, foi colocado cirurgicamente por um robô, em uma região do cérebro que controla a intenção de realizar movimentos, conforme explicado em 2023 pela própria Neuralink. A primeiro momento, o que é planejado é que pessoas com paralisia possam controlar um cursor ou um teclado de computador apenas com os pensamentos.
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Vale mencionar ainda que foi somente no ano passado que a Neuralink foi autorizada a realizar o teste de chips em seres humanos, tendo anunciado em setembro que pessoas com paralisia causada por lesão da medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica (ELA) poderiam participar do estudo. No entanto, não foi informado quantas pessoas participaram dos testes, mas essa fase atual ainda deve durar por cerca de seis anos.
Agora, Elon Musk não esconde possuir grandes ambições para a Neuralink, nos próximos anos. Ele conta que a inserção de chips poderá auxiliar, no futuro, até mesmo no tratamento de condições como obesidade, autismo, depressão e esquizofrenia.
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Ainda assim, embora os testes sejam promissores, ainda estamos bastante longe de uma produção e distribuição em escala comercial dos chips cerebrais. Isso porque, mesmo que o dispositivo se demonstre seguro, ainda levaria mais de uma década até que uma autorização para uso comercial fosse obtida, segundo especialistas.
