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Notícias / Alexandre de Moraes

Em Nova York, Alexandre de Moraes fala sobre ataques a democracia no Brasil

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, declarou que "a democracia foi atacada no Brasil, mas sobreviveu"

Redação Publicado em 14/11/2022, às 16h17

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Ministro Alexandre de Moraes durante a Lide Brazil Conference - Reprodução / Vídeo / Youtube
Ministro Alexandre de Moraes durante a Lide Brazil Conference - Reprodução / Vídeo / Youtube

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, durante uma fala na abertura da Lide Brazil Conference, em Nova York, afirmou que "a democracia foi atacada no Brasil, mas sobreviveu". Moraes também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Nesta segunda-feira, 14, o ministro do Supremo Tribunal Federal, durante uma breve fala em Nova York, afirmou que o que ele chamou de milícias digitais, pretendiam "atacar a própria democracia".

"O que se pretende é substituir o sistema político. O que se pretende atacar é a própria democracia", declarou.

No centro de Manhattan, do lado de fora do evento organizado pelo grupo Lide —  da família de João Doria, ex-governador de São Paulo — apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), criticavam os ministros do Supremo e o sistema eletrônico de votação do Brasil.

"Não é possível que as redes sociais sejam terras de ninguém", disse em seu discurso. "Isso começou aqui nos EUA, na extrema-direita, chegou ao Leste Europeu e depois ao Brasil".

Como informado pela Folha São Paulo, ele também defendeu o papel do judiciário, que sgeundo ele, atuou para o mantimento da democracia.

"O Poder Judiciário atuou para chegarmos às vésperas do final do ano com a democracia garantida. A democracia foi atacada, aviltada, mas sobreviveu. O Judiciário não foi cooptado, não foi aumentado, foi uma barreira a qualquer ataque à liberdade", disse.

Ação confundida com censura 

As recentes ações do TSE  contra fake news, foram confundidas com censura e o ministro foi questionado a respeito. Ele afirmou sua preocupação com as redes sociais: "Quero trazer a lei para as redes".

Ele comparou a situação com a proibição da venda de livros que fazem apologia ao nazismo: "Por que um livro pode ser proibido e o que é colocado na rede não? O binômio liberdade com responsabilidade. As milícias digitais podem falar o que quiser, mas devem ter coragem para serem responsabilizadas posteriormente".

Relatório do Ministério da Defesa

Alexandre de Moraes também falou acerca do relatório que descartou fraude nas urnas eletrônicas: "Pode haver vida extraterrestre? Pode", ele brincou. Também enfatizou que o sistema é seguro reafirmando que o Tribunal de Contas da União auditou 4.100 urnas e os militares, 360.

"Supremo é o povo. O povo se pronunciou, e a eleição acabou, só cabe respeitar o resultado. O resto é espírito antidemocrático, quando não selvageria", afirmou o  também presente, ministro Luís Roberto Barroso.

Ele também enfatizou que já existiram, ao longo da história do Brasil, a crítica ao Supremo por parte de outros presidentes, mas que isso é diferente de atacar o STF: "Criou-se uma lenda no Brasil de que o Supremo Tribunal Federal é contra o presidente. Todos os presidentes tiveram queixas do Supremo, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff. A única diferença é que nenhum deles atacou o Supremo. Nós não temos lado, só o das instituições", afirmou.

"Há um mito de que Moraes acumula três papéis, de denunciar, investigar e julgar. Tudo é feito com a Polícia Federal e juízes auxiliares no gabinete do relator. Os resultados das investigações são encaminhados para os respectivos Ministérios Públicos para eventual denúncia", disse o ministro Dias Toffoli, também presente.

Discurso de ódio

O ministro Gilmar Mendes, também presente, comentou à respeito das manifestações contra o resultado das eleições: "Há o surgimento de um populismo embalado por um discurso de ódio", disse Gilmar. "Estamos em um estado de normalidade institucional", afirmou.

Além dele, também estavam presentes, o ministro Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto, ex-integrante da corte, e Antonio Anastasia (TCU).