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Notícias / Arqueologia

Embarcação romana é descoberta acidentalmente em pedreira na Sérvia

Em julho, as ruínas de um barco romano, abandonado no rio Danúbio entre 3 e 4 d.C., foram encontradas em uma pedreira de carvão em Kostolac, na Sérvia

Redação Publicado em 07/08/2023, às 07h23

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Imagem aérea dos pedaços da embarcação romana encontrada Kostolac, na Sérvia - Reprodução/Instituto de Arqueologia de Belgrado
Imagem aérea dos pedaços da embarcação romana encontrada Kostolac, na Sérvia - Reprodução/Instituto de Arqueologia de Belgrado

No último dia 3, a agência Reuters repercutiu a descoberta das ruínas de um barco romano, abandonado no rio Danúbio entre 3 e 4 d.C. A embarcação foi encontrada acidentalmente por mineiros em uma pedreira de carvão em Kostolac, na Sérvia

O barco foi descoberto em julho deste ano, na mina de Drmno, com o uso de uma escavadeira. Assim que os trabalhadores do local perceberam que a madeira encontrada pertencia a um navio, eles acionaram os arqueólogos do Viminacium, um parque que pertence ao Instituto de Arqueologia de Belgrado.

Imagem dos especialistas analisando a estrutura do barco romano - Crédito: Reprodução/Instituto de Arqueologia de Belgrado

Conforme repercutido pelo portal Galileu, os especialistas do Instituto de Belgrado se voltaram para preservação do esqueleto da embarcação no próprio local de descoberta, que já foi um assentamento romano. Esta é a segunda descoberta na região desde 2020. 

Os arqueólogos estimam que o barco era parte de uma frota naval, utilizado na cidade de Viminacium, que na época continha 45 mil habitantes. Eles também afirmam que a cidade possuía fortificações, espaços para equitação, um palácio, oficinas, templos, anfiteatros e até mesmo aquedutos. 

Análises

Miomir Korac, arqueólogo e líder da escavação, explicou que, com base em outras descobertas, o navio encontrado data do período em que Viminacium era a capital da Moesia Superior, importante província romana que dispunha de um porto nas margens de um dos afluentes do rio Danúbio

Durante uma entrevista com a Reuters, Korac esclareceu que a preservação da madeira da embarcação está sendo feita com uma lona e borrifamentos de água em razão da onda e calor na Europa. Ele também falou sobre a origem do barco: 

Podemos assumir que este navio é romano, mas não temos certeza de sua idade exata", explicou Korac à Reuters.

Preservação

O site Live Science afirmou que as partes remanescentes estavam soterradas por lodo a oito metros da superfície, e que a mesma possui 20 metros de comprimento, por 3,5 metros de altura. Mladen Jovicic, que também faz parte do time de escavação, afirmou à Reuters que o transporte das ruínas deve ser conduzido com cuidado:

Nossos amigos engenheiros vão preparar uma estrutura especial que será levantada por um guindaste, e seguirá todo o processo de conservação gradual", esclareceu Jovicic à Reuters. 
Imagem do guindaste utilizado para retirar os pedaços do navio romano - Crédito: Reprodução/Instituto de Arqueologia de Belgrado

Desde 1882, uma série de especialistas realizam pesquisas em Viminacium, mas estima-se que apenas 5% da área foi vasculhada, pois a mesma possui 450 hectares em sua totalidade. Entre as descobertas estão: telhas, mosaicos, armas, esculturas feitas de jade, afrescos e até restos de mamutes.