Necrópole foi descoberta em novembro no município de San Giorgio Bigarello, no norte da Itália; recentemente, tumbas revelaram restos humanos e armas bem preservadas
Éric Moreira Publicado em 04/03/2024, às 13h27 - Atualizado em 06/03/2024, às 19h18
Em novembro, escavações anteriores à construção de uma horta comunitária no município de San Giorgio Bigarello, no norte da Itália, revelaram uma antiga necrópole da Idade do Cobre. Só recentemente, porém, foi apontada a existência de 22 tumbas no local, apresentando restos humanos enterrados e uma coleção de armas.
segundo informado pelo Live Science, muitos dos enterros contavam com armas de pedra, "pontas de flechas perfeitas", algumas encontradas ainda relativamente afiadas, e lâminas. O achado foi descrito em um artigo publicado em fevereiro no ArchaeoReporter, um jornal de arqueologia com sede na Itália.
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"Alguns dos túmulos também tinham bens funerários, como colares feitos com contas", explicou Simone Sestito, oficial arqueológico do Ministério da Cultura italiano, à Live Science. "Encontramos pelo menos seis ou sete tumbas em bom estado de conservação."
No artigo, é revelado que a localização da necrópole, uma colina arenosa, ajudou na preservação dos esqueletos, devido à baixa umidade do local.
As condições eram ótimas para uma necrópole, pois, a areia proporcionava a conservação dos ossos. A [preservação] foi impressionante, especialmente porque as tumbas estavam localizadas apenas cerca de 10 centímetros abaixo da superfície."
Embora a identidade das pessoas enterradas não seja conhecida, o fato de serem enterrados com armas sugere que muitos seriam guerreiros.
Além disso, os arqueólogos também perceberam que muitos deles foram enterrados voltados para a esquerda e apresentavam as pernas dobradas. Além disso, as cabeças estavam orientadas para o noroeste.
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"O posicionamento dos corpos sugere que pode ter havido alguma correlação com outra cultura da Idade do Cobre do norte da Itália, conhecida como Remedello", complementa Simone Sestito. Isso, pois esse povo enterrava seus falecidos de maneira semelhante a isso, "levando assim a alguns paralelos entre as duas sociedades."
Agora, Sestito e sua equipe estão recuperando "todos os bens e ossos do cemitério de San Giorgio Bigarello", e atuam em parceria com pesquisadores da Universidade de Bolonha para analisar o DNA, a fim de descobrir mais sobre as pessoas que foram enterradas no local.
