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Notícias / Arqueologia

Estudo investiga cruzamento entre humanos e Neandertais

Em algum ponto da História, membros das duas espécies reproduziram entre si, e agora cientistas querem entender como isso aconteceu

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/08/2022, às 17h10

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Reconstrução facial do neandertal Krijn - Divulgação/Servaas Neijens
Reconstrução facial do neandertal Krijn - Divulgação/Servaas Neijens

Um estudo realizado pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, analisou crânios para descobrir pistas de onde, quando e com qual frequência os cruzamentos de espécie entre os Neandertais e os humanos primitivos teriam acontecido. 

Os pesquisadores envolvidos compararam as mudanças entre formato e medidas dos crânios de 13 Neandertais, 233 Homo Sapiens que viveram na Pré-História e 83 humanos modernos. 

Ao avaliar a morfologia facial, podemos rastrear como as populações se moveram e interagiram ao longo do tempo. E as evidências nos mostram que o Oriente Próximo foi uma importante encruzilhada, tanto geograficamente quanto no contexto da evolução humana", explicou An Ross, uma das autoras, segundo repercutido pelo Phys.org. 

Em geral, os neandertais tinham crânios maiores que os da nossa espécie, mas os cientistas não se reduziram somente a essa característica, analisando diferenças entre diferentes traços faciais. A hipótese usada por eles foi de que, quanto mais amplo o cruzamento entre os dois grupos primitivos, mais próxima se tornaria a anatomia craniana. 

Explorando uma hipótese

É preciso enfatizar, contudo, que os cientistas responsáveis pelo artigo alertaram estar fazendo apenas um "estudo exploratório", de forma que suas conclusões não são definitivas. 

A mostra de crânios utilizada por eles, por exemplo, é considerada  pequena para um estudo científico, e a própria variável investigada (a morfologia craniana) poder ser colocada em cheque, possivelmente não sendo o fator mais determinante do cruzamento entre as espécies. 

No futuro, a equipe de pesquisadores pretende fazer mais apurações a respeito do tópico a fim de potencialmente ampliar as evidências encontradas. 

Para construir isso, gostaríamos de incorporar medições de mais populações humanas, como os natufianos, que viveram há mais de 11.000 anos no Mediterrâneo, onde hoje é Israel, Jordânia e Síria”, relatou Steven Churchill, coautor do estudo, ainda de acordo com o Phys.org. 

+ Para conferir o artigo científico na íntegra, clique aqui