A venda do objeto que teria pertencido ao líder nazista recebeu críticas da Sociedade Judaica Europeia
Redação Publicado em 30/07/2022, às 10h44
A Alexander Historical Auctions, uma casa de leilões dos Estados Unidos, recentemente vendeu um relógio de ouro que teria pertencido a Adolf Hitler, trazendo suas iniciais e uma suástica gravadas nele.
O item de uso pessoal do líder nazista foi arrematado por um comprador anônimo pelo valor de 1,1 milhão de dólares, ou cerca de 5,7 milhões de reais quando convertido para nossa moeda.
Vale mencionar que a relíquia histórica foi encontrada por soldados franceses na casa de férias do chanceler da Alemanha em 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, segundo informações apuradas pelo jornal Extra, da Globo.
Historiadores responsáveis por avaliar o relógio acreditam que ele tenha sido presenteado a Hitler quando ele subiu ao cargo de liderança do país.
A venda da peça feita especialmente para o governante que executou o Holocausto não foi bem vista por todos. Menachem Margolin, por exemplo, o rabino que encabeça a Sociedade Judaica Europeia, divulgou um comunicado no site oficial da instituição criticando o leilão:
Embora seja óbvio que as lições da história precisam ser aprendidas, e artefatos nazistas legítimos devem ser expostos em museus ou locais de ensino superior, os itens que você está vendendo claramente não", apontou o representante da comunidade judaica.
"Eles são vendidos para o maior lance, no mercado aberto (...), no qual a memória, o sofrimento e a dor dos outros são substituídos por ganhos financeiros", acrescentou o rabino.
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