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Notícias / Política

Instagram marca como fake news ‘denúncia’ de Flávio Bolsonaro contra Datafolha

Filho do presidente, Flávio Bolsonaro compartilhou um vídeo em que homem acusa entrevistadora de recusar colher sua opinião por ser apoiador do atual presidente

Redação Publicado em 16/09/2022, às 10h48

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Post de Flávio Bolsonaro marcado como fake news - Reprodução/Redes Sociais
Post de Flávio Bolsonaro marcado como fake news - Reprodução/Redes Sociais

Na noite da última quinta-feira, 15, o senador Flávio Bolsonaro teve uma publicação em seu Instagram marcada como fake news pela própria plataforma. O post alega que uma funcionária do Datafolha se recusa a colher a opinião de um cidadão por ele ser apoiador de Bolsonaro

O vídeo compartilhado por Flávio foi postado minutos depois do instituto publicar os resultados da nova pesquisa, que apontam que o ex-presidente Lula lidera com folga as intenções de voto para a presidência. 

Como o ex-presidiário tá com 45% no Datafolha? Mostro pra você”, escreveu Flávio

No vídeo compartilhado por Bolsonaro, um homem alega que uma entrevistadora do Datafolha se recusa a colher sua opinião pelo fato dele ser apoiador do atual presidente. 

"Datafolha... se for Bolsonaro ela não faz a pesquisa, tá fugindo, tá se escondendo. Se for Bolsonaro? 'Eu fui colocar lá que era Bolsonaro e eles não aceitaram não'. Entendeu? Se você fala que é Bolsonaro ela corre ó, correu, pra você ver a mentira, falcatrua”, diz o responsável por fazer o vídeo. 

Pouco depois, porém, o Instagram colocou a seguinte informação no post: "Informação falsa. A mesma informação foi analisada por verificadores de fatos independentes em outra publicação".

A explicação

Conforme relatado pelo UOL, a checagem dos fatos foi feita logo em sequência por, ao menos, três agências: Reuter, Aos Fatos e AFP; que apontaram se tratar de uma fake news

O Datafolha explicou à Reuters que o ocorrido foi um registro feito no bairro da Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, na última terça-feira, 13, quando a funcionária que fazia a pesquisa "foi abordada por um segurança de um estabelecimento comercial após realizar uma entrevista em frente a este local".

"Esse segurança estava filmando a pesquisadora quando a abordou, perguntou se ela trabalhava para o Datafolha e solicitou que ela o entrevistasse", continuou o instituto. A gravação ainda mostra que o segurança solicitou que fosse entrevistado: "Eu falei pra ela: 'faz a pergunta'. Quando a gente falou que era Bolsonaro ela saiu correndo".

Porém, segundo as normas do instituto, as entrevistas devem ser feitas de maneira natural e aqueles que se prontificarem a participar não deverão ter suas opiniões colhidas. 

A abordagem dos entrevistados tem que ser aleatória, se aceitarmos pessoas que se oferecem, independentemente da posição política, teremos um viés na amostra", explicou Luciana Chong, diretora do Datafolha, à AFP.