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Notícias / Brasil

Internações de bebês no Brasil por desnutrição é a maior nos últimos 14 anos

Dados foram divulgados pela Fiocruz; Falta de alimento pode prejudicar o desenvolvimento

Redação Publicado em 26/10/2022, às 09h13

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Imagem ilustrativa de pés de bebê - Imagem de Christian Arabella por Pixabay
Imagem ilustrativa de pés de bebê - Imagem de Christian Arabella por Pixabay

Uma pesquisa feita pela Fiocruz concluiu que o ano de 2021 foi recordista no número de internações de bebês por desnutrição no Brasil nos últimos 14 anos.

Segundo dados do Ministério da Saúde levantados pelo Observa Infância, que reúne pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz e da Unifase, todos os dias, oito crianças de até um ano de idade tiveram de ser levadas ao hospital por falta de comida.

De acordo com informações do portal de notícias g1, ao todo 2.939 crianças de até 1 ano necessitaram de internação no ano passado, o que representa uma taxa de 113 internações por 100 mil nascimentos. O número é quase 11% a mais do que o registrado em 2008.

A fonte apontou que a situação é ainda mais alarmante no Nordeste do país, onde o número de hospitalizações é atualmente 51% maior do que a taxa nacional. Apesar disso, o coordenador da pesquisa, Cristiano Boccolini, ressalta que o problema é grave em todo o Brasil.

“A gente vê uma concentração também desses casos de hospitalização por desnutrição nas capitais, indicando que aqui mesmo no Rio de Janeiro, em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, grandes centros urbanos a gente tem bolsões de pobreza, bolsões de crianças que estão invisíveis ao sistema público, que sofrem desnutrição e estão sendo internadas por causa disso”, disse Boccolini.

Importância do SUS

Segundo os responsáveis pela pesquisa, o SUS exerce uma função importantíssima, evitando um cenário ainda pior. Como explicou a nutricionista da USP Ana PaulaBortoletto, crianças com meses de vida que não se alimentam adequadamente podem ter seu desenvolvimento prejudicado.

“Essa criança tem consequências de desenvolvimento, e a desnutrição nessa faixa etária pode, inclusive, ser irreversível, trazendo impactos em relação a déficit de cognição, a déficit de desenvolvimento”, apontou.