As marés baixas causaram a seca dos famosos canais de Veneza, impossibilitando navegações
Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 20/02/2023, às 14h58
Depois da emergência que ocorreu na Itália no último verão, as semanas de inverno seco trouxeram a preocupação de que o país possa enfrentar outra estiagem, com os Alpes recebendo menos da metade de sua queda normal de neve, segundo ambientalistas e cientistas.
O alerta chegou no momento em que Veneza enfrenta marés muito baixas que impossibilitam a navegação de gôndolas, ambulâncias e táxis aquáticos em alguns de seus canais famosos. O estranho é que, normalmente, a principal preocupação das pessoas da região são as inundações e não o contrário.
O grupo ambiental Legambiente disse nesta segunda-feira, 20, que os rios e lagos italianos sofrem com a falta de água, principalmente no norte do país. Em um comunicado, a instituição informou que o Pó, o rio mais longo da Itália, tem 61% menos água do que o normal para esta época do ano.
A Itália declarou estado de emergência para as áreas ao redor do Pó em julho do ano passado, que responde por um terço da produção agrícola do país. O ramo sofreu a pior secaem 70 anos. Massimiliano Pasqui, especialista em clima do instituto italiano de pesquisa científica CNR, disse: "Estamos em uma situação de déficit hídrico que vem se acumulando desde o inverno de 2020-2021".
Precisamos recuperar 500 milímetros nas regiões do noroeste: precisamos de 50 dias de chuva", comentou.
De acordo com a Folha de S. Paulo, os níveis de água do Lago de Garda, na região norte do país europeu, caíram para recordes mínimos, fazendo com que seja possível chegar à ilha de San Biagio no lado por meio de um caminho que agora está exposto.
