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Notícias / Pompeia

Jovem identifica texto em pergaminho carbonizado pela erupção de Pompeia

Papiro anteriormente considerado "ilegível" devido à erupção do Vesúvio em 79 d.C. começou a ser traduzido graças à tecnologia

Ingredi Brunato Publicado em 18/10/2023, às 17h42

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Fotografia do pergaminho que começou a ser decifrado - Divulgação/ EduceLab
Fotografia do pergaminho que começou a ser decifrado - Divulgação/ EduceLab

Na quinta-feira passada, 12, o jovem Luke Farritor, de 21 anos, que é um estudante de computação e estagiário na SpaceX (empresa de equipamentos espaciais de Elon Musk), venceu o chamado Desafio Vesúvio. 

O campeonato, que contava com um prêmio de 40 mil dólares — ou o equivalente a 202 mil reais, na cotação atual — buscava encontrar uma maneira de traduzir os papiros de Herculano através do aprendizado de máquina. 

Esses artefatos foram desenterrados das ruínas de Pompeia em 1750, consistindo em pergaminhos carbonizados que, por pouco, não foram totalmente consumidos pela erupção do Monte Vesúvio, ocorrida em 79 d.C. 

Anteriormente considerados ilegíveis, um deles teve uma palavra e algumas letras traduzidas por Farritor com a ajuda de uma IA. O progresso, embora tímido, é promissor, pois, mostra que, com o auxílio de nossas tecnologias atuais, é possível decifrar parte do conteúdo de papiros escritos há mais de 2 mil anos pela civilização de Pompeia. 

A tradução 

A descoberta que rendeu ao jovem estudante o prêmio do Desafio Vesúvio foi da palavra "πορφύραc", que, em grego antigo, significa "tintura roxa" ou então "roupas roxas", conforme repercutido pelo Live Science. 

Imagem mostrando os caracteres identificados pela IA / Crédito: Divulgação/ Desafio Vesúvio

Eu estava andando à noite e verifiquei aleatoriamente minhas saídas de código mais recentes em meu telefone. Eu não esperava resultados substanciais, então, quando meia dúzia de letras apareceram na minha tela, fiquei completamente feliz", relatou Farritor, ainda de acordo com o veículo. 

Outro detalhe importante é que o avanço científico apenas foi possível, pois, os pergaminhos já haviam sido digitalizados em modelos 3D, de forma que não era preciso tentar desenrolar suas frágeis versões físicas.

“A equipe do EduceLab fez um ótimo trabalho ao construir uma base sólida para o progresso, especialmente para desembrulhar virtualmente os pergaminhos. Consegui usar o trabalho anterior deles, bem como as observações de outros concorrentes, para construir um detector de aprendizado de máquina para encontrar essas letras", acrescentou Luke Farritor.