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Notícias / Paleontologia

Jurassic Park? Besouros que comiam penas de dinossauros são encontrados em âmbar

Os insetos foram encontrados preservados em âmbar depois de 105 milhões de anos de sua época de vida

Eduardo Lima, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 02/05/2023, às 13h09

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Um dos besouros preservados em âmbar, que comia penas de dinossauros há cerca de 105 milhões de anos - Divulgação/CN-IGME CSIC
Um dos besouros preservados em âmbar, que comia penas de dinossauros há cerca de 105 milhões de anos - Divulgação/CN-IGME CSIC

No filme "Jurassic Park", de 1993, dirigido por Steven Spielberg, cientistas conseguem clonar dinossauros por causa do DNA extraído de mosquitos que teriam picado os animais pré-históricos. Esses insetos estariam preservados em âmbar, um tipo de resina fóssil. Agora, de maneira parecida ao que acontece no filme, besouros que comiam penas de dinossauro foram encontrados preservados em âmbar. 

O fóssil preservado em âmbar revelou besouros que se alimentavam de penas de dinossauros e que viveram na Terra há cerca de 105 milhões de anos. Esse exemplo raro de interação entre vertebrados e artrópodes (invertebrados com exoesqueleto rígido) foi apresentado em um artigo científico no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences

O registro fóssil foi encontrado em San Justo Desvern, município do nordeste da Espanha. No âmbar, foram encontradas preservadas pequenas larvas de besouro, cercando penas de dinossauros, datadas de 105 milhões de anos. A espécie do dono das penas ainda não foi identificada, mas viveu no Cretáceo Inferior, então está claro de que não se trata de nenhuma ave, que só surgiram 30 milhões de anos depois, no Cretáceo Superior.

Besouros

As larvas de besouro que foram encontradas foram relacionadas com os insetos modernos da família Dermestidae. Segundo a Revista Galileu, normalmente, esses insetos atacam produtos mal armazenados e materiais antigos secos, como coleções de museus, comendo materiais que outros insetos teriam dificuldade para digerir, como fibras naturais.

Sinais de decomposição nas penas indicam que elas se soltaram dos dinossauros que as carregavam. As larvas provavelmente faziam ninho no animal e estavam próximas a uma árvore que iria fabricar a resina do âmbar. Assim, uma possível relação simbiótica acontecia entre besouro, que comia as penas já soltas do terópode (subordem de dinossauro), e gigante vertebrado.

É raro encontrar evidências fósseis de relações entre vertebrados e artrópodes, e a maioria do que é encontrado concerne relacionamentos de parasitismo. Nesse caso, o estudo indica que as larvas não prejudicavam o dinossauro.