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Notícias / Hong Kong

Liberdade de imprensa tem queda histórica em Hong Kong

Relatório divulgado por instituição afirma que esse é o pior índice de liberdade de imprensa desde 2013

Redação Publicado em 04/10/2022, às 11h20

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Protesto em Hong Kong após governo chinês fechar o jornal Apple Daily - Divulgação/ Youtube/ DW Documentary
Protesto em Hong Kong após governo chinês fechar o jornal Apple Daily - Divulgação/ Youtube/ DW Documentary

Um levantamento realizado pela Associação de Jornalistas de Hong Kong (HKJA) revelou que a liberdade de imprensa do território passou por uma queda pelo terceiro ano seguido. 

Entre os sinais da deterioração do alcance do jornalismo, estão os fechamentos de três veículos de informação grandes, e a perseguição de profissionais da área pelo Estado através do sistema judiciário. 

Esse declínio é percebido tanto pelos jornalistas entrevistados pela pesquisa quanto por membros do público geral. O índice resultante é o pior desde que a instituição começou a medir a liberdade de imprensa, ainda em 2013. 

De acordo com as informações divulgadas pelo HKJA, a atmosfera mais repressiva levou os jornais de Hong Kong a demonstrarem maior cautela em criticar as ações do governo, o que gera um fator de autocensura prejudicial ao papel da imprensa na manutenção da democracia. 

O relatório aponta ainda que a própria taxa de respostas teria diminuído devido à essa mudança: 

Alguns jornalistas que abordamos para a pesquisa disseram temer que a associação tenha entrado na mira das autoridades e, portanto, temem represálias por preencher um questionário conduzido pela HKJA", afirma o documento, conforme repercutido pelo UOL. 

Contexto geopolítico

A ilha é considerada uma Região Administrativa Especial da China, de forma que é controlada atualmente pelo governo chinês. Vale lembrar inclusive que, no último mês de junho, Hong Kong completou 25 anos de sua devolução ao país asiático. Antes disso, o território havia permanecido 156 anos sob o domínio da Inglaterra. 

A situação do local é particularmente relevante no momento político atual, uma vez que, no início do último mês de agosto, a China divulgou um plano de reunificação com Taiwan, que também já pertenceu ao país no passado, mas hoje funciona de forma independente.  

No documento, as autoridades do Partido Comunista afirmaram que não renunciarão ao "uso da força", e que se utilizarão de "todas as medidas necessárias" para realizar a reanexação, o que levou o governo taiwanês a deixar suas Forças Armadas em alerta, conforme divulgado por uma notícia anterior do Aventuras na História que pode ser conferida através deste link