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Notícias / Paleontologia

Menina de 11 anos faz descoberta histórica na Inglaterra

Na praia de Blue Anchor, no Reino Unido, uma menina de 11 anos foi responsável por uma fascinante descoberta relacionada a paleontologia

Éric Moreira Publicado em 17/04/2024, às 16h48 - Atualizado em 19/04/2024, às 14h53

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Pai e filha (ao centro) que encontraram fóssil, e dois paleontólogos envolvidos na pesquisa - Divulgação
Pai e filha (ao centro) que encontraram fóssil, e dois paleontólogos envolvidos na pesquisa - Divulgação

Em 2020, a jovem Ruby Reynolds, com apenas 11 anos, e seu pai, Justin, descobriram durante uma caminhada na praia de Blue Anchor, no Reino Unido, pedaços da mandíbula de um dos maiores seres que já existiu.

Porém, o achado pode ser ainda mais surpreendente, depois que um estudo recente publicado na PLOS One descreveu o animal como, possivelmente, o maior réptil dessa espécie já descoberto até hoje, de fato.

Segundo o The Guardian, o fóssil pertenceu a um ictiossauro, um réptil marinho pré-histórico que viveu junto dos dinossauros, no final do período Triássico, há cerca de 202 milhões de anos. A espécie foi nomeada por pesquisadores como Ichthyotitan severnensis — o que significaria "lagarto peixe gigante do Severn [um rio do Reino Unido]".

Este gigante provavelmente representa o maior réptil marinho formalmente descrito", afirma no estudo o Dr. Dean Lomax, paleontólogo da Universidade de Bristol e coautor da pesquisa.

"É claro que temos que ter cuidado com essas estimativas porque estamos lidando com fragmentos de ossos gigantes", acrescenta. "Mesmo assim, a escala simples é comumente usada para estimar o tamanho, especialmente quando o material comparativo é escasso."

Porém, aquele espécime em específico chama atenção pois, não bastasse seu tamanho estimado de 25 metros, o que seria o tamanho aproximado de uma baleia azul atual, o maior animal que existe, ele ainda estava crescendo. Este tamanho, além de outras aparentes características diferentes de outros ictiossauros, fortalecem ainda mais a hipótese de que poderia se tratar de uma nova espécie.

Outro achado?

Dean Lomax, que se envolveu na escavação desse fóssil encontrado pela garota de 11 anos, já havia descoberto em 2016 uma mandíbula de outro ictiossauro que, na época, despertou sua curiosidade por parecer uma espécie até então não descrita. Então, depois de a equipe ter juntado os fragmentos fósseis do achado de 2020, perceberam que os dois animais eram da mesma espécie.

"Quando a minha equipe descreveu o primeiro espécime em 2018, ele mostrou características incomuns que sugeriam que poderia representar algo novo. No entanto, evitamos dar-lhe um nome, considerando que estava incompleto e também parcialmente erodido", afirmou Lomax mais recentemente ao Guardian

Ter dois exemplos do mesmo osso com as mesmas características únicas do mesmo fuso horário geológico apoia a nossa identificação de algo novo, especialmente quando combinado com o fato de estes dois ossos aparecerem cerca de 13 milhões de anos depois dos seus últimos parentes geológicos com um nome", acrescenta.