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Notícias / Arqueologia

Mergulhador encontra naufrágio romano na costa de Israel sem querer

O navio romano de 1800 anos estava transportando colunas de mármore e outros artefatos interessantes encontrados pelo mergulhador

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 16/05/2023, às 15h10

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Um capitel de mármore que seria usado em uma coluna, parte das 40 toneladas de material que o navio transportava antes de afundar - Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel
Um capitel de mármore que seria usado em uma coluna, parte das 40 toneladas de material que o navio transportava antes de afundar - Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel

Ao nadar no Mar Mediterrâneo, você pode ver peixes diversos e uma flora marinha impressionante. Se der sorte, também pode encontrar um naufrágio de 1.800 anos, como aconteceu com um mergulhador que nadava na costa noroeste de Israel.

Arqueólogos já sabiam que esse naufrágio existia, mas não conseguiam localizá-lo exatamente, já que estava coberto de areia. Como explicou Koby Sharvit, diretor da unidade de arqueologia submarina na Autoridade de Antiguidades de Israel, tempestades recentes podem ter ajudado a expor a carga do navio.

A Autoridade de Antiguidades de Israel divulgou um comunicado de imprensa na última segunda-feira, 15, no qual afirmava que o navio romano encontrado carregava 40 toneladas de mármore.Colunas da ordem arquitetônica coríntia adornadas com complexos padrões vegetais, capitéis (a peça do topo de uma coluna) e colunas de mármore de 6 metros faziam parte da carga do veículo.

Achado histórico

Esse naufrágio é o mais antigo de seu tipo a ser encontrado na região do Mediterrâneo Oriental. Quem o encontrou foi o mergulhador Gideon Harris, que o reportou à Autoridade de Antiguidades de Israel. 

Segundo o LiveScience, arqueólogos analisaram o tamanho da carga e puderam calcular uma estimativa do tamanho e da capacidade do navio que a carregava. Enquanto 40 toneladas foram encontradas, é provável que a embarcação pudesse aguentar cerca de 181 toneladas.

Os arqueólogos acreditam, a partir da posição e do ângulo dos destroços do navio, que ele sofreu com uma tempestade em uma região de águas rasas, soltando a âncora numa tentativa falha de prevenir o naufrágio.

O carregamento de mármore, segundo Sharvit, provavelmente veio da Turquia ou da Grécia e estava viajando para o sul, talvez na direção de Alexandria do Egito. Não dá para ter certeza de qual seria o lugar que receberia as colunas para sua decoração, mas é provável que fosse um edifício público, como explica o comunicado de imprensa.