Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Radiação

Meses após acidente, vazamento nuclear de usina americana é revelado

Segundo operadora responsável, derramamento de água com trítio já não oferece mais risco

Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 21/03/2023, às 08h41 - Atualizado às 08h42

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Xcel Energy Center, empresa responsável pelo vazamento tóxico - Foto por Tony Webster pelo Wikimedia Commons
Xcel Energy Center, empresa responsável pelo vazamento tóxico - Foto por Tony Webster pelo Wikimedia Commons

Na última quinta-feira, 16, a Xcel Energy, uma operadora da Usina de Geração Nuclear de Monticello, em Minnesota, nos Estados Unidos, informou publicamente que a instalação teria sofrido com um vazamento de água contaminada com trítio em novembro de 2022. Embora tivesse notificado órgãos relacionados ao governo logo que soube do incidente, no dia 22, a empresa não informou porque esperou tanto para noticiar ao público.

De acordo com a companhia, conforme repercutido pela Revista Galileu, a contaminação teria sido identificada por sistemas de monitoramento de águas subterrâneas, que funcionavam rotineiramente. "A Xcel Energy agiu rapidamente para conter o vazamento no local da usina, que não representa risco à saúde e segurança da comunidade local ou ao meio ambiente", informou a empresa, como apontado em comunicado.

A Xcel Energy ainda afirmou que cerca de 400 mil galões de água contendo trítio vazou no local, mas que "chegou ao rio Mississippi ou contaminou fontes de água potável". As informações foram reportadas à Agência France-Press (AFP) pela própria empresa responsável pelo vazamento.

Fotografia da Xcel Energy
Fotografia da Xcel Energy / Crédito: Foto por Tony Webster pelo Wikimedia Commons

O vazamento

Depois de investigada a possível fonte de vazamento sob a empresa, foi identificado como responsável um cano de água que corre entre dois prédios. Para Chris Clark, presidente da Xcel Energy–Minnesota, Dakota do Norte e Dakota do Sul, embora já não existam mais riscos ambientais ou à saúde da população, a operadora "levou isso muito a sério" e segue trabalhando para resolvê-lo com segurança.

Continuamos a coletar e tratar toda a água potencialmente afetada enquanto monitoramos regularmente as fontes de água subterrânea próximas", disse Clark, segundo a Revista Galileu ontem. "Continuaremos a fazer parceria com especialistas locais em águas subterrâneas e continuaremos em estreita cooperação com os reguladores estaduais e federais e nossa comunidade local durante todo o esforço de remediação."

Por fim, uma inspeção completa foi realizada nas tubulações da empresa, para verificar se havia alguma outra área afetada além da já conhecida. Tamanha a preocupação, que novos poços de monitoramento já foram construídos, o que aumenta a eficácia e frequência das medições.

Segundo a companhia, ainda, o trítio "emite baixos níveis de radiação, semelhantes aos materiais que as pessoas usam no dia a dia e aos alimentos que comemos". Até o momento, ainda, somente cerca de 25% de todo o trítio foi recuperado, com previsão de finalização da tarefa até 2024.