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Notícias / Museu Nacional

Meteorito de Pernambuco é o primeiro a entrar no acervo do Museu Nacional após incêndio

Meteorito Santa Filomena, que caiu em Pernambuco em 2020, foi incorporado à coleção do museu

Redação Publicado em 14/04/2023, às 14h22

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O Meteorito Santa Filomena, que foi incorporado ao acervo do Museu Nacional - Reprodução/Vídeo/g1
O Meteorito Santa Filomena, que foi incorporado ao acervo do Museu Nacional - Reprodução/Vídeo/g1

Na última quinta-feira, 13, o Museu Nacional incorporou à sua coleção o primeiro meteorito desde o incêndio que acometeu a instituição em 2018. A nova peça da coleção é um objeto especial chamado de Santa Filomena, por cair na cidade de mesmo nome do Pernambuco, no ano de 2020.

Ao portal de notícias g1, o diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner, disse que o meteorito estaria em exposição já no próximo ano, em 2024, quando a primeira parte recuperada do prédio do museu já estará aberta.

Ano que vem, em 6 de junho, isso aqui estará aberto e restaurado para o público[...] Só conseguimos chegar a este ponto graças ao trabalho de centenas de anônimos”, afirmou o paleontólogo.

A "maior parte possível" do palácio que hospeda o Museu Nacional estará aberta em 2026 para a população, por esforços conjuntos da equipe da instituição e do governo federal.

Meteorito

O meteorito Santa Filomena caiu na tarde de 19 de agosto de 2020, quando um estrondo foi seguido de diversas pedras caindo do céu sobre a cidade do interior do estado de Pernambuco. Uma dessas rochas espaciais chegou a quebrar o telhado de uma casa.

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ligados ao Museu Nacional, chegaram na cidade no dia seguinte para coletar amostras de meteoritos e estudar os detritos espaciais. É raro que esses condritos, materiais rochosos encontrados de maneira comum, caiam em áreas urbanas. Isso chamou a atenção de "caçadores de meteoritos" do mundo todo, como explica ao g1 a pesquisadora Amanda Tosi.

A nova peça do Museu Nacional veio do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, um espaço sem planetas. Essas fascinantes pedras do espaço contém estruturas esféricas chamadas condros que estão intactas há 4,56 bilhões de anos, mais ou menos a idade do nosso sistema solar. Um meteorito como o Santa Filomena serve como um fóssil para entender o passado e a evolução do nosso planeta e daqueles que se avizinham a nós.

O grupo de pesquisa que resgatou o artefato espacial se chama "Meteoríticas", e é composto só de mulheres. Elas trabalharam em todas as etapas do estudo do meteorito, desde o trabalho de campo até a divulgação dos achados em artigos científicos.