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MH370: Pescador quebra silêncio e faz revelação surpreendente sobre desaparecimento

Quase uma década após ser ignorado pelas autoridades, Kit Olver faz revelação que pode mudar o que se sabe sobre o misterioso desaparecimento do voo

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 20/12/2023, às 15h09

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Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’ - Divulgação/Netflix
Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’ - Divulgação/Netflix

O voo MH370 da Malaysia Airlines se tornou um grande mistério da humanidade quando desapareceu em 8 de março de 2014. Com rota traçada de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China, a aeronave transportava 227 passageiros e 12 tripulantes. 

+ MH370: Novo estudo pode desvendar mistérios do voo desaparecido

Até janeiro de 2017, uma busca subaquática conjunta entre Austrália, Malásia e China desembolsou 200 milhões de dólares para encontrar respostas sobre o MH370. A força-tarefa oceânica mais cara da história não encontrou nenhum sinal da aeronave. 

Nove anos depois, porém, um pescador veterano diz ter uma peça chave para resolver o mistério do voo MH370 da Malaysia Airlines. Ignorado pelas autoridades australianas há anos, o sujeito alega ter encontrado um grande parte da asa do avião na costa do sul da Austrália. 

Em entrevista ao The Sydney Morning Herald na última semana, Kit Olver, de 77 anos, deu detalhes sobre a descoberta que fez enquanto navegava com sua traineira de águas profundas. Entre setembro ou outubro de 2014, poucos meses após o desaparecimento do voo, a rede de arrasto da embarcação capturou algo grande nas profundezas do oceano. 

Era uma grande asa de um grande avião a jato disse ao veículo.

"Eu me questionei. Procurei uma saída para isso", continuou. "Eu gostaria muito de nunca ter visto aquela coisa... mas aí está. Era a asa de um jato."

O pescador Kit Olver/ Crédito: Divulgação

Além dos anos de experiência no mar, Olver ainda obteve licença de piloto quando era mais jovem, o que lhe permitiu ter experiência com aeronaves de pequeno porte e, portanto, tem mais convicção do que viu. "Essa coisa era muito maior do que qualquer coisa na categoria de aviões particulares". 

Quem corrobora com a versão é George Currie, o único outro membro sobrevivente da tripulação da traineira presente no dia da descoberta. Embora tenham trabalhado como primeiro imediato de Kit por anos, os dois não se falam há um bom tempo. Mas Currie afirma que jamais se esquecerá daquele dia. "Foi incrivelmente pesado e estranho. Estendeu a rede e a rasgou. Era grande demais para subir no convés".

Assim que vi, soube o que era. Obviamente era uma asa, ou grande parte dela, de um avião comercial. Era branco e obviamente não vinha de um jato militar ou de um pequeno avião", continuou. "Levamos o dia todo para nos livrar dela".

Com o avançar da noite, a rede de pesca, avaliada em 20 mil dólares na época, teve que ser cortada e descartada na escuridão do Oceano Atlântico junto com a asa. A região fica a 55 quilômetros a oeste da cidade de Robe, no sul da Austrália. 

Olver aponta que tem bons motivos para se lembrar exatamente do local: lá era sua área secreta de pesca de um peixe conhecido como Alfonsim — uma atraente espécie vermelha valorizada tanto por seu valor estético quanto sua carne branca e firme.

Avistamento ignorado

À época, Kit Olver disse que entrou em contato com a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA) assim que retornou ao porto, mas afirmou que eles não estavam nem um pouco interessadas em sua descoberta. Um funcionário do órgão teria desdenhado do achado e dito que ele provavelmente teria encontrado a parte de um contêiner que caiu de um navio russo na região.

O ‘flaperon’ do MH370 encontrado em 2015/ Crédito: Divulgação/Netflix

Após ter guardado o 'segredo' por anos, Olver acha que agora é hora da verdade ser descoberta, o que pode dar um alento aos familiares de quem estava a bordo do MH370.

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As buscas pelo avião desaparecido no sul do Oceano Índico, onde se acredita que ele tenha caído, foram infrutíferas. Mas, entre 2015 e 2016, vários destroços identificados como do voo da Malaysia Airlines foram encontrados na Ilha da Reunião, na costa leste de Moçambique — que fica a centenas de quilômetros de distância do local apontado pelo pescador.