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Notícias / MH370

MH370: Novo estudo pode desvendar mistérios do voo desaparecido

Voo MH370 da Malaysian Airlines desapareceu na madrugada de 8 de março de 2014, pouco após deixar o Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 24/08/2023, às 13h32

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Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’ - Divulgação/Netflix
Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’ - Divulgação/Netflix

Era madrugada de 8 de março de 2014 quando o voo MH370 da Malaysian Airlines deixou o Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim. Pouco depois, a aeronave — que transportava 239 pessoas, sendo 227 passageiros e 12 tripulantes — desapareceu.

A aeronave simplesmente sumiu das telas do radar e desviou sua rota misteriosamente para oeste, fora do curso sobre o mar de Andaman, no Oceano Índico. Quase uma década depois, após a busca mais cara da história da aviação, que desembolsou 200 milhões de dólares, ninguém soube explicar o que aconteceu com o MH370 e qual o motivo da tragédia; o que ainda hoje geram teorias da conspiração.

+ Teoria do celular fantasma: Por que os telefones do avião MH370 continuavam tocando?

Mas um estudo recente, publicado na revista AGU Advances, pode finalmente revelar o destino da aeronave da Malaysian Airlines. Segundo especialistas da Flórida, a resposta pode estar nas conchas de pequenos crustáceos chamados cracas — que se prenderam a pedaços dos destroços do avião. Entenda!

Em busca de respostas

Segundo o novo estudo, as cracas contêm informações sobre as diferentes temperaturas da água a que elas foram expostas durante sua vida útil. Assim como outros invertebrados marinhos, as cracas crescem diariamente, produzindo camadas internas.

Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’/ Crédito: Divulgação/Netflix

Em termos comparativos, essas estruturas seriam semelhantes aos anéis de árvores — que com o tempo aumentam a circunferência de um tronco ou galho. Portanto, a química de cada camada da casca de uma craca é determinada pela temperatura da água circundante no momento em que a camada foi formada.

Ou seja, sabendo onde as temperaturas da água são mais quentes ou mais baixas no oceano, é possível saber onde as cracas cresceram — assim, rastreando o movimento dos crustáceos até onde eles se prenderam aos destroços e, por sua vez, o local onde o MH370 atingiu a água.

Embora o mistério do desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines perdure por quase uma década, acredita-se que a aeronave tenha caído no Oceano Índico, visto que vários destroços do avião foram encontrados por lá.

O estudo foi liderado por Gregory Herbert, professor associado de biologia evolutiva da Universidade do Sul da Flórida, na cidade de Tampa, que se baseou nas fotos dos destroços do avião que foram encontradas na Ilha da Reunião, no Oceano Índico, um ano após o acidente. Um flaperon (parte da asa) foi achado coberto de cracas.

O ‘flaperon’ encontrado em 2015/ Crédito: Divulgação/Netflix

Assim que vi isso, comecei imediatamente a enviar e-mails aos investigadores de busca porque sabia que a geoquímica das suas conchas poderia fornecer pistas sobre o local do acidente", disse o professor ao Daily Mail.

Para o estudo foram realizados experimentos do crescimento em laboratório com cracas vivas para 'desbloquear' os registros de temperatura de suas conchas. "Descobrimos que a química da concha é tão previsível que podemos dizer qual a temperatura do oceano que a craca estava experimentando quando cresceu cada camada de concha com menos de um milímetro de espessura".