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Notícias / Arqueologia

Moeda judaica ligada a revolta de quase 2 mil anos é descoberta em Israel

Confeccionado em prata, acredita-se que a peça foi confeccionada durante a Primeira Revolta Judaica contra os romanos

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 29/07/2023, às 12h00

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Moeda sendo ilustrada em fotografia - Divulgação / Autoridade Arqueológica do Israel / Emil Eljam
Moeda sendo ilustrada em fotografia - Divulgação / Autoridade Arqueológica do Israel / Emil Eljam

Uma importante descoberta arqueológica foi feita na reserva natural de Ein Gedi, localizada no deserto da Judeia, em Israel; pesquisadores do Projeto de Pesquisa do Deserto da Judeia, realizado ao longo dos últimos seis anos pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA),  encontraram uma rara moeda de prata datada da Primeira Revolta Judaica contra os romanos, que ocorreu há cerca de dois milênios.

A moeda de meio shekel israelense apresenta inscrições em hebraico antigo, onde se pode ler as palavras "A Santa Jerusalém". Datada entre os anos 66 e 67 d.C., a peça histórica foi descoberta pelos inspetores da IAA, em colaboração com o Ministério do Patrimônio e a Administração Civil na Judeia, em um penhasco próximo a En Gedi, bem na entrada de uma caverna.

Uma explicação para essa descoberta é que a moeda cunhada em Jerusalém caiu do bolso de um rebelde que escapou para o deserto durante a revolta – talvez a caminho da vizinha En Gedi”, suspeita a postagem no Facebook, repercutida pela Galileu.
A moeda em análise laboratorial / Crédito: Divulgação / Autoridade Arqueológica do Israel / Emil Eljam

Além das palavras "A Santa Jerusalém", a moeda apresenta três romãs em seu centro, um símbolo adotado na antiga moeda lira israelense, que foi utilizada no país até 1980. Na face oposta, encontra-se representado um cálice, acompanhado da letra hebraica "Aleph", que marca o primeiro ano do início da Revolta, e o valor "meio shekel". O cálice é um símbolo característico das moedas judaicas do final do período do Segundo Templo.

Chance de furto

O diretor do Projeto de Pesquisa e Escavação do Deserto da Judeia, Amir Ganor, ressalta a importância do trabalho de pesquisa e escavação, que possibilitou a recuperação desse tesouro arqueológico antes que pudesse cair em mãos de saqueadores e ser vendido no mercado de antiguidades a preços elevados.