A investigação aponta que o animal foi alimentado com um abacaxi repleto de artefatos explosivos e sofreu graves lesões antes de falecer
A violenta morte de uma elefanta grávida no dia 27 de maio, em Kerala, no Sul da Índia, causou uma polêmica entre os políticos do parlamento indiano com o ministro-chefe do estado. As causas da morte do animal, divulgadas no jornal India Today, gerou uma onda de protestos próximos ao Parque Nacional do Vale do Silêncio, onde o animal habitava.
De acordo com autoridades florestais, um abacaxi recheado com fogos de artifício foi dado ao animal, que tinha cerca de 15 anos. A explosão causada pelos artefatos em sua boca o deixou com intensa dor durante os dias seguintes, até falecer em um rio no distrito de Palakkad.
Assim que a autópsia revelou publicamente os ferimentos graves causados por alguma interferência humana, uma onda de protestos em redes sociais relacionou o incidente como um atentado ideológico. Maneka Gandhi afirmou que o ato ocorreu em Malappuran, a 85 km do rio onde o animal foi encontrado, e onde 70% da população é muçulmana, associando a religião à violência.
O ministro-chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, lamentou a relação do ato com terrorismo: “Estamos tristes com o fato de alguns terem usado essa tragédia para desencadear uma campanha de ódio. Mentiras baseadas em descrições imprecisas e meias verdades foram empregadas para obliterar a verdade. Alguns até tentaram importar intolerância para a narrativa”.
Vijayan acrescentou em suas redes sociais que três suspeitos de produzir o artefato já foram detidos e o caso será investigado em colaboração com a polícia e autoridades florestais: "A justiça prevalecerá”. Os autores podem enfrentar acusações de crueldade contra animais e penas que variam entre prisão e multas.