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Notícias / Blumenau

Mulher busca atendimento médico e descobre estar 'morta' no sistema desde 2022

Moradora de Blumenau ainda teve os dados cadastrais alterados para frases remetendo a Jair Bolsonaro e ao Partido dos Trabalhadores (PT)

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 17/04/2024, às 15h34

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Dados da paciente foram alterados - Divulgação/Arquivo pessoal
Dados da paciente foram alterados - Divulgação/Arquivo pessoal

Uma moradora de Blumenau enfrentou uma situação angustiante ao tentar consultar um médico no último fim de semana. A mulher, que tem 36 anos, encontrou obstáculos para realizar um exame no centro de atendimento a pacientes com suspeita de dengue devido a uma falha incomum no sistema, que indicava que ela estava morta.

Esse equívoco revelou outras inconsistências, algumas delas com conotações políticas, mencionando o ex-presidente Jair Bolsonaro e o Partido dos Trabalhadores (PT).

De acordo com o portal Metrópoles, o advogado da vítima, Telemaco Marrace, relatou que a cliente estava se sentindo mal no último domingo e que, por isso, decidiu buscar ajuda no centro de atendimento instalado pela prefeitura na Furb.

Durante o atendimento, a equipe não conseguiu solicitar um exame através do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), uma ferramenta virtual do Ministério da Saúde que organiza solicitações médicas. O protocolo não pôde ser concluído porque o Cartão Nacional de Saúde da paciente indicava que ela havia falecido em novembro de 2022.

Além disso, foram reveladas outras informações incorretas para a paciente: o nome do pai foi substituído por "Morto pelo PT", sua etnia foi erroneamente listada como indígena, e seu endereço de e-mail foi alterado para "bolsonaroeuteamo@odeioopt.com". Curiosamente, o nome da rua em seu suposto endereço era "Eu amo Bolsonaro".

Investigação foi solicitada

Segundo a Secretaria de Promoção da Saúde (Semus), foi descoberto que as alterações no cadastro foram feitas em Pernambuco e Minas Gerais, locais onde a paciente nunca esteve, conforme afirma o advogado. Ele solicitou ao Ministério Público uma investigação, e o órgão informou que abrirá uma notícia de fato para apurar o incidente.

Um boletim de ocorrência também foi registrado pela mulher na terça-feira, porém, a Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o caso.