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Notícias / Nazismo

Nazistas mataram 1,7 milhão de pessoas em 3 meses, revela estudo

Entre agosto e outubro de 1942, um processo acelerado deu fim a grande parte das vítimas totais do Holocausto

Letícia Yazbek Publicado em 07/01/2019, às 14h47 - Atualizado às 14h56

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Guarda nazista força judeus a entrarem em um dos trens, em 1942 - Wikimedia Commons
Guarda nazista força judeus a entrarem em um dos trens, em 1942 - Wikimedia Commons

Um novo estudo, realizado pelo biológo matemático Lewi Stone, da Universidade de Tel Aviv, em Israel, sugere novas taxas de homicídio durante o Holocausto. Os especialistas concordam que cerca de 6 milhões de pessoas foram assassinadas durante o regime nazista, mas os grandes números – e as informações encobertas pelo governo – obscurecem o tamanho das principais operações do genocídio.

Stone concentrou seu estudo em um período de 1942, conhecido como Operação Reinhard, quando os nazistas utilizaram “trens especiais” para transportar 1,7 milhão de vítimas. Foram feitas 480 viagens de 393 cidades polonesas, todas destinadas a campos de extermínio como Belzec, Sobibor e Treblinka. As pessoas que chegavam a esses campos eram rapidamente assassinadas nas câmaras de gás.

Judeus são levados aos campos de concentração Wikimedia Commons

Aproximadamente 1,7 milhão de judeus foram mortos em apenas 100 dias, entre agosto e outubro de 1942. Esse período representou mais de um quarto do número total de vítimas conhecidas do Holocausto.

A taxa de assassinatos por dia revela uma matança súbita após Hitler ter ordenado que a ação fosse acelerada. Segundo Stone, esse dado oferece ao sistema usado pelos nazistas as características de uma “linha de montagem automatizada”.

“Os gráficos mostram com imediatismo arrepiante a sede de sangue do programa nazista de obliterar o povo judeu em um tempo tão curto quanto possível”.

O ritmo só diminuiu quando as vítimas se tornaram mais difíceis de encontrar. “A subsequente queda rápida na taxa de mortalidade em novembro e dezembro de 1942 simplesmente reflete que havia muito poucas vítimas judias deixadas vivas para assassinatos”.