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Notícias / Astronomia

‘Nova’: Explosão rara de estrela pode ser vista a olho nu nesta sexta-feira, 14

A partir desta sexta-feira, 14, o raro evento cósmico conhecida como "nova" poderá ser visto a olho nu

Redação Publicado em 14/06/2024, às 19h19

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Galáxia Arp 122 - Reprodução / NASA
Galáxia Arp 122 - Reprodução / NASA

Existem eventos astronômicos que podemos ter a sorte de presenciar mais de uma vez na vida, como um eclipse solar total, o rastro brilhante de um superbólido no céu noturno ou a passagem majestosa de cometas. No entanto, um evento ainda mais excepcional está prestes a ocorrer no céu, podendo começar ainda hoje à noite: trata-se de uma explosão estelar conhecida como “nova”.

Conforme repercutido pela CNN Brasil, a NASA anunciou que um fenômeno astronômico deste tipo será visível a olho nu por vários dias, caracterizado por um aumento repentino de brilho em uma região específica do espaço. Isso ocorrerá na constelação Corona Borealis, localizada aproximadamente a 3.000 anos-luz de distância da Terra.

Várias das estrelas mais brilhantes dessa constelação hospedam sistemas planetários, incluindo Negolu, um planeta semelhante a Júpiter com vapor de água em sua atmosfera. É nessa região do céu que surgirá um novo ponto de luz, devido a uma explosão estelar em um sistema binário composto por uma estrela anã branca e uma gigante vermelha.

Contudo, é importante ressaltar que não se trata da formação de uma nova estrela, nem de uma “morte estelar” como ocorre em eventos como supernovas. O brilho observado é resultado de reações termonucleares em um sistema binário onde duas estrelas orbitam uma à outra: o sistema T Coronae Borealis (T Cr).

Nasce uma estrela

Uma das estrelas é uma anã branca, conhecida como T CrB, com massa semelhante à do Sol e diâmetro cerca de 100 vezes menor, resultando em um intenso campo gravitacional. Sua companheira estelar, a gigante vermelha chamada T CrA, está perdendo matéria devido à forte atração gravitacional exercida pela T CrB. Esse hidrogênio está sendo gradualmente transferido para a superfície da anã branca.

Assim, a concentração de hidrogênio na anã branca aumenta constantemente, elevando a pressão e o calor até atingir um ponto crítico. Isso leva a uma erupção em uma explosão termonuclear colossal, similar às detonações de bombas de fusão atômica aqui na Terra.

Após esse episódio violento, a estrela anã retorna ao seu estado original, continuando a capturar hidrogênio de sua companheira até que uma nova explosão ocorra novamente, aproximadamente a cada 80 anos. Por essa razão, presenciar esse evento duas vezes em uma vida é extremamente raro.