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Notícias / Ciência

Nova pesquisa questiona autor da descoberta do formato do DNA, creditando uma cientista

Documentos antigos encontrados mostram que Rosalind Franklin deveria ser creditada como uma das descobridoras da dupla hélice do DNA

Redação Publicado em 25/04/2023, às 15h34

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A química britânica Rosalind Franklin - CSHL/Creative Commons
A química britânica Rosalind Franklin - CSHL/Creative Commons

O Prêmio Nobel de Medicina de 1962 foi dado para os cientistas James WatsonFrancis Crick Maurice Wilkins, que descobriram o formato do DNA, de dupla hélice. Porém, por muitos anos uma polêmica envolveu esse prêmio e esses créditos, já que muitos especialistas acreditavam que a equipe não teria feito essa descoberta sem que eles tivessem roubado dados da química britânica Rosalind Franklin. Agora, mais de 60 anos depois, um novo estudo parece dar razão, pelo menos parcialmente, a essa teoria.

Franklin foi a primeira pessoa a determinar que o DNA tinha uma estrutura em forma de hélice, parecida com uma escada em espiral. Agora, segundo o LiveScience, uma carta que havia sido ignorada de 1953 e uma notícia do mesmo ano que não chegou a ser publicada apareceram para confirmar o grande papel que Rosalind teve na descoberta do formato do DNA.

Mesmo que ela não fosse elegível para o Nobel, já que a cientista morreu alguns anos antes, Franklin teve uma participação importante na descoberta da dupla hélice. Porém, contra a teoria que predominou, seus dados provavelmente não teriam sido roubados, e sim compartilhados livremente pela própria Franklin com Watson Crick.

A pesquisa

O artigo publicado nesta última terça-feira, 25, na revista Nature, mostra novos aspectos dessa interessante história da ciência moderna. A notícia de 1953 que não foi publicada era do jornalista londrino Joan Bruce, que tinha Franklin como fonte. Nessa matéria jornalística, o autor explica que os cientistas se dividiram em grupos, com Wilkins Franklin realizando análises de raios-X do DNAWatson Crick pensando em um modelo de formato.

Os dois grupos, apesar de independentes, se juntavam para trocar conhecimento e confirmar o trabalho um do outro. A carta de 1953 parece comprovar isso, quando Pauline Cowan, uma colega de Franklin, chamou Crick para assistir uma palestra da química sobre o DNA. Matthew Cobb, um dos pesquisadores que ajudou a encontrar esses artefatos, afirmou que a relação entre eles não era a de uma corrida dramática.