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Notícias / França

Operação polêmica para expulsão de imigrantes de arquipélago na África é iniciada

A operação visa também a retirada de favelas do país, resultando na expulsão de até 10 mil imigrantes

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/04/2023, às 15h45

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Praia no arquipélago de Mayotte - Wikimedia Commons, com atribuição de Creative Commons
Praia no arquipélago de Mayotte - Wikimedia Commons, com atribuição de Creative Commons

Nesta segunda-feira, 24, uma polêmica operação policial que promete desmontar favelas e expulsar cerca de 10 mil imigrantes clandestinos do arquipélago de Mayotte teve início. Centenas de policiais foram enviados pelo governo francês para a operação "Wuambushu", de combate a imigração ilegal e ao crime no departamento francês situado entre Madagascar e Moçambique.

Apesar de ser bem recebida pelos políticos locais, a operação está sendo contestada por diversos defensores de direitos humanos Os moradores da favela de Kawéni estão em pânico. A questão agora não é mais acerca da possibilidade da presença da polícia, mas quando irá para lá.

Muitos dos moradores já desmontaram suas próprias casas, por medo da violência. De acordo com um morador da beira da estrada, Ali, “os vizinhos estão se preparando. Isto vai ser catastrófico. Como não queremos nenhum problema, estamos fazendo as malas tranquilamente enquanto esperamos para sair de casa”. "Não quero ficar aqui e ver a violência”.

Medo duplo

Essa população agora está com medo duplicado, segundo a RFI, via Uol, tanto pela megaoperação policial quanto pelas ameaças de grupos armados que tem aterrorizado o arquipélago. Em Tsoundzou, ao sul de Mamoudzou, vários confrontos aconteceram durante o final de semana.

A destruição dessas favelas é iminente e o representante da Liga dos Direitos Humanos em Mayotte, Daniel Gros, essa operação é inaceitável. "Destruir as favelas é estigmatizar os pobres. É dizer que quem está em favelas são pessoas sempre em situação de clandestinidade, ligadas à delinquência. Eles são pobres e não têm casa, é isso", critica Gros.