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Notícias / Cirurgia

Pais impedem cirurgia de bebê porque sangue poderia vir de indivíduo vacinado

Operação para salvar a vida do pequeno é adiada faz semanas devido à restrição imposta pelos seus responsáveis

Ingredi Brunato, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 30/11/2022, às 13h10

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Imagem ilustrativa da mão de um bebê com a mão de um adulto - Foto de Pexels, via Pixabay
Imagem ilustrativa da mão de um bebê com a mão de um adulto - Foto de Pexels, via Pixabay

Na Nova Zelândia, o Te Whatu Ora, órgão responsável pela administração do sistema de saúde do país, abriu um processo contra os pais de um bebê de quatro meses que estão barrando uma cirurgia vital à sua sobrevivência. 

Caso alcance a vitória no tribunal, o objetivo do Te Whatu Ora é retirar a criança da guarda de seus atuais responsáveis, transferindo-a para um guardião qualificado a tomar decisões médicas embasadas pela ciência. Dessa forma, o procedimento receberia o consentimento necessário para ser realizado antes que seja tarde demais.  

O bebê apresenta um quadro grave de Estenose Pulmonar Valvar (EPV), problema cardíaco que necessita de tratamento urgente. Uma restrição imposta aos médicos por seus pais, todavia, levou ao adiamento da operação por semanas. 

Anti-vacina 

Críticos da vacinação contra a Covid-19, os responsáveis pelo neném, cuja vida está em jogo, querem que a bolsa de sangue usada durante a cirurgia venha de um indivíduo que não tenha passado pela imunização durante a última pandemia. 

O NZ Blood, entretanto, que é o banco de sangue nacional, não pergunta o status de vacinação de seus doadores. A ausência dessa informação, altamente valorizada pelos atuais guardiões do bebê de quatro meses, por sua vez, se tornou um impedimento para a operação vital. 

Não queremos sangue contaminado pela vacinação. Esse é o fim do acordo — estamos bem com qualquer outra coisa que esses médicos queiram fazer", afirmou o pai da criança em uma entrevista repercutida pelo The Guardian. 

Vale destacar que os imunizantes contra a Covid-19, cuja segurança foi confirmada por amplos testes, se dissolvem nas horas seguintes à sua inoculação, também conforme o NZ Blood. 

Adicionalmente, o sangue que recebem passa por filtros destinados a retirar elementos indesejáveis presentes na corrente sanguínea dos doadores: “Todo o sangue doado também é filtrado durante o processamento, portanto, qualquer vestígio que ainda possa estar presente não representa risco para os receptores", explicou o órgão em comunicado.