Passageiros que estavam a bordo de um voo da Alaska Airlines entraram com uma ação judicial pedindo indenização no valor de US$ 1 bilhão
Três passageiros que estavam a bordo de um voo da Alaska Airlines, o qual perdeu uma de suas portas durante o trajeto, entraram com uma ação judicial contra a companhia aérea e a Boeing, fabricante da aeronave.
O trio Kyle Rinker, Amanda Strickland e Kevin Kwo busca na Justiça indenização no valor de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 4,9 bilhões na atual cotação). A ação foi registrada no condado de Multnomah, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, conforme relata a CBS News.
Segundo informações do portal UOL, os passageiros alegam ter sofrido "graves danos mentais, emocionais e psicológicos, além de traumas físicos" em decorrência do incidente. Eles também buscam responsabilizar a Boeing pela "falha assustadora e potencialmente fatal", sendo que a empresa assumiu a responsabilidade pela perda de parte da fuselagem da aeronave.
O advogado dos três passageiros, Jonathan Johnson, destacou: "Isso está principalmente relacionado aos problemas sistêmicos da Boeing, que colocam em risco a vida de todos os passageiros que viajam em aeronaves Boeing."
O incidente se deu na noite de 5 de janeiro, pouco após a decolagem do voo 1282 do Aeroporto Internacional de Portland com destino a Ontário, Califórnia.
A aeronave permaneceu cerca de 20 minutos no ar após a explosão, resultando na despressurização da cabine. Máscaras de oxigênio foram acionadas e o avião retornou ao aeroporto em segurança após a tripulação relatar o ocorrido. Felizmente, não houve feridos entre os 174 passageiros e seis tripulantes a bordo, conforme relatado pela Alaska Airlines.
Em um comunicado divulgado após o relatório do NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes), a Boeing reconheceu a responsabilidade pelo incidente. A empresa afirmou estar empenhada em evitar episódios semelhantes no futuro.
Quaisquer que sejam as conclusões finais alcançadas, a Boeing é responsável pelo que aconteceu", declarou o CEO da Boeing, Dave Calhoun, em um comunicado publicado pela CNN.
Há suspeitas de que a aeronave tenha saído da fábrica sem os devidos parafusos. O NTSB esclareceu que a ausência de desgaste ou deformação em alguns furos "indica que faltavam quatro parafusos destinados a evitar que a porta de encaixe se movesse para cima antes de se deslocar para fora do batente".
