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Notícias / Arqueologia

Pesquisadores analisam sela bem conservada de quase 2 mil anos

Encontrada em uma caverna na Mongólia, o objeto possivelmente pertenceu a um povo guerreiro da região

Caio Tortamano Publicado em 03/06/2020, às 07h00

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Sela pesquisada tem por volta de 1.700 anos - Divulgação
Sela pesquisada tem por volta de 1.700 anos - Divulgação

Descoberto em 2015 em uma caverna enterrada na Mongólia, pesquisadores da Universidade do Estado de Altai estudaram uma sela de madeira em excelente estado de conservação. O artefato, usado para montaria, provavelmente pertenceu ao povo nômade dos Rouran, conhecidos como bravos guerreiros.

A sela apresenta uma espécie de acoplagem em sua frente e na parte de trás para encaixar um arco e flecha. Com isso, o líder da pesquisa Nikolai Seregin constatou que deveria se tratar de um equipamento de uso militar. O equipamento teve a idade estipulada em 1.700 anos.

A caverna ainda contava com as ossadas de um cavalo, o que é uma prática pouco habitual para os Rouran, o que pode indicar um contato dessa cultura com outros povos das Montanhas Altai. Além da presença do animal em um possível enterro, brocas de ferro com chifres, um arco composto, pontas de flecha, uma aljava de couro com um gancho de ferro e um recipiente de madeira são outras evidências de contato com outros povos.

A importância da descoberta se dá, principalmente, pelo fato de que existem poucos itens como esse que estejam suficientemente conservados para serem estudados. Selas usadas pelos povos da Eurásia não são vistos com facilidade em sítios arqueológicos do primeiro milênio d.C.