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Notícias / Vatiicano

Pessoas transgênero podem ser batizadas, diz Vaticano

Em documento, a Igreja Católica ainda fez declarações sobre a atuação de homossexuais como padrinhos de casamento e batismo

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 09/11/2023, às 07h33

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O papa Francisco - Getty Images
O papa Francisco - Getty Images

O escritório doutrinário do Vaticano, em resposta a perguntas do bispo José Negri de Santo Amaro, no Brasil, divulgou ontem, 8, que as pessoas transgênero têm permissão para atuar como padrinhos em batismos católicos romanos, ser testemunhas em casamentos religiosos e receber o batismo, desde que não haja "risco de causar escândalo público ou desorientação entre os fiéis".

O documento, que consiste em três páginas de perguntas e respostas, foi assinado pelo cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, chefe do departamento, e aprovado pelo papa Francisco em 31 de outubro. Ele foi publicado em italiano no site do departamento.

O papa, buscando tornar a Igreja mais inclusiva para a comunidade LGBT, reafirmou que a atração pelo mesmo sexo não é pecaminosa, mas os atos entre pessoas do mesmo sexo são. Em relação a pessoas em relacionamentos homoafetivos, o documento esclarece que elas podem ser testemunhas em casamentos católicos, citando a legislação canônica atual que não proíbe isso.

Batismo de crianças

De acordo com a agência Reuters, a resposta, no entanto, não foi tão clara em relação ao batismo de crianças adotadas ou obtidas através de barriga de aluguel por casais do mesmo sexo.

O documento estabelece que para que o filho de um casal do mesmo sexo seja batizado, é necessário que haja "uma esperança bem fundamentada de que seria educado na religião católica". Além disso, em relação à possibilidade de uma pessoa em um relacionamento do mesmo sexo ser padrinho em um batismo, a resposta sugere que a pessoa deve "levar uma vida que esteja de acordo com a fé."

Este é um importante passo à frente para a Igreja ver as pessoas transgênero não apenas como pessoas (numa Igreja onde alguns dizem que elas não existem realmente), mas como católicas", disse o padre James Martin, um jesuíta defensor dos direitos LGBT na Igreja, na rede social X.