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Notícias / Polícia Militar

Policiais que dispararam 30 vezes contra suspeitos de roubo são absolvidos

Em junho do ano passado, dois policiais militares dispararam cerca de 30 vezes contra dois suspeitos de roubo durante uma abordagem

Fabio Previdelli Publicado em 02/08/2022, às 15h49

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Os policiais durante a abordagem - Divulgação/ Arquivo Pessoal
Os policiais durante a abordagem - Divulgação/ Arquivo Pessoal

No dia 9 de junho de 2021, os policiais militares André Chaves da Silva e Danilton Silveira da Silva foram presos preventivamente após assassinarem dois suspeitos de roubo (Felipe Barbosa da Silva, de 23 anos, e Vinicius Alves Procópio, de 19) em Santo Amaro, na capital paulista. Eles dispararam cerca de 30 vezes contra as vítimas após uma abordagem policial.

Na última segunda-feira, 1, porém, após julgamento no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital, a maioria dos jurados decidiu pela absolvição da dupla; eles eram acusados de duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Segundo o G1, durante o processo, os dois policiais rechaçaram as acusações de assassinato e alegaram que agiram em legítima defesa, afirmando que os suspeitos estavam armados e haviam disparado contra eles. 

Nesse júri iremos buscar demonstrar aos jurados que a ocorrência foi legítima. Vamos trazer também elementos bombásticos que ainda não foram ventilados nesse processo. Espero que a verdadeira justiça seja feita com o retorno do Sargento André para sua família", afirmou João Carlos Campanini, advogado de André, diante do júri popular. 

Outras acusações

Antes da absolvição de André e Danilton, o Ministério Público (MP) havia denunciado os policiais por fraude processual; segundo o órgão, eles teriam plantado duas armas na cena do crime para justificarem a ação violenta. Mas a juíza Letícia de Assis Bruning, da 3ª Vara do Júri, não acatou a acusação por falta de provas. 

No dia em que as mortes ocorreram, o cabo Jorge Baptista Silva Filho era o motorista da viatura da PM. Ele também chegou a ser acusado de assassinato e fraude processual. O Ministério Público alegou que ele deu "apoio moral e material" aos réus. A juíza também determinou a improcedência da denúncia e Jorge está solto desde setembro.