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Notícias / Peru

Possível massacre de manifestantes no Peru é denunciado por organização internacional

Relatório divulgado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciou possível execução e massacre durante protestos

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 04/05/2023, às 09h01

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A presidente peruana Dina Boluarte - Getty Images
A presidente peruana Dina Boluarte - Getty Images

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) divulgou na última quarta-feira, 3, um relatório denunciando a possível execução e massacre de manifestantes durante os protestos contra a presidente do Peru, Dina Boluarte. Segundo o texto, 50 pessoas teriam morrido em manifestações ocorridas entre dezembro e fevereiro.

A CIDH apontou os agentes do Estado como supostamente responsáveis por "múltiplas" mortes de civis e pediu à justiça peruana que investigue, julgue e puna os responsáveis.

De acordo com informações do G1, em Ayacucho, onde morreram 10 manifestantes, a comissão considerou as mortes como um possível massacre, dadas as circunstâncias. As vítimas foram atingidas por armas de fogo, incluindo balas de borracha, na parte superior do corpo.

A CIDH ressaltou que, por serem perpetradas por agentes do Estado, as mortes poderiam constituir execuções extrajudiciais. Além dos manifestantes, pessoas alheias às manifestações também foram atingidas.

Resposta de Boluarte

Em resposta ao relatório, a presidente Boluarte negou a existência de execuções extrajudiciais e qualificação de massacre, mas afirmou a importância das investigações conduzidas pela promotoria e pediu que se determinem os responsáveis.

A chefe de Estado assumiu o poder em meio a manifestações de apoiadores do ex-presidente Pedro Castillo, que foi destituído após uma tentativa fracassada de dissolver o Congresso e governar por decreto.

Castillo está em prisão preventiva em Lima, à espera da decisão da justiça sobre seu eventual chamado a julgamento.

O Ministério Público abriu uma investigação sobre a gestão de Boluarte e outros altos funcionários pelos supostos crimes de genocídio, homicídio qualificado e lesões graves em janeiro. Entretanto, a presidente tem imunidade até o fim de seu mandato, em julho de 2026.