Infecção por bactéria comedora de carne mata ao menos 1 em cada 5 pacientes
Há alguns dias, a modelo americana Jennifer Barlow revelou publicamente ter sido internada por longos cinco meses após contrair uma infecção por Vibrio vulnificus, a chamada bactéria “comedora de carne”. Ela, que havia passado férias no litoral das Bahamas, contou que acabava de voltar para Atlanta, onde mora, quando começou a notar um inchaço na perna esquerda.
Presente nas águas do Golfo do México e do Caribe mexicano, a bactéria tem preocupado os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, que apontam que ela pode ser mortal e que muitas pessoas com tal infecção "requerem cuidados intensivos ou amputação de membros”.
Foi o que aconteceu com Barlow, que teve de amputar uma das pernas. Além disso, ela ainda sofreu choque séptico e apresentou sinais de insuficiência renal e hepática.
Segundo as autoridades americanas, pelo menos cinco pessoas morreram este ano devido à doença, a qual mata 1 em cada 5 pacientes infectados, às vezes depois de um ou dois dias de adoecimento.
Conforme relatórios do CDC, essa é uma infecção bacteriana rara que causa fasceíte necrosante, “uma infecção grave na qual a carne ao redor da ferida aberta morre”.
De acordo com o portal O Globo, as infecções podem ocorrer quando as bactérias entram em contato com feridas na pele, mas também podem resultar da ingestão de ostras, peixes e mariscos crus ou inadequadamente preparados.
O CDC aponta que uma pessoa infectada pode manifestar sintomas como diarreia, náuseas, vômitos, febre, pressão arterial perigosamente baixa e lesões na pele, incluindo o surgimento de bolhas. Posteriormente, a área afetada pode apresentar vermelhidão, dor, inchaço, sensação de calor e descoloração.
Caso a infecção não seja tratada a tempo com antibióticos específicos, ela pode ser fatal e levar à morte do paciente em um curto período.
