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Notícias / Japão

Promotoria pede pena fatal para homem que ficou 46 anos no corredor da morte

No Japão, a promotoria pediu a pena capital para um senhor de 88 anos que passou mais da metade da vida esperando para morrer; entenda o caso!

Iwao Hakamada, ex-boxeador que passou 46 anos no corredor da morte - Reprodução / Vídeo / Youtube/ FRANCE 24 English
Iwao Hakamada, ex-boxeador que passou 46 anos no corredor da morte - Reprodução / Vídeo / Youtube/ FRANCE 24 English

Nesta quarta-feira, 22, promotores do Japão pediram a pena de morte contra Iwao Hakamada, um ex-boxeador, em um novo julgamento. Ele é conhecido por ser o preso que permaneceu mais tempo no corredor da morte, antes de ser liberto no ano de 2014. Hakamada, atualmente com 88 anos, passou quase 50 anos esperando para ser morto após ser condenado em 1968.

O ex-boxeador trabalhava em uma fábrica de missô quando foi acusado pelos assassinatos de seu chefe, a esposa dele e seus dois filhos. Porém, em 2014, ele foi liberto, mas um novo julgamento foi requerido graças a algumas dúvidas sobre as provas que resultaram em sua condenação.

O caso de Iwao se tornou um símbolo (e um argumento) para os defensores da abolição da pena de morte no país. Ele confessou o crime depois de ser interrogado brutalmente durante algumas semanas, mas depois se retratou e desde então clama sua inocência, de acordo com o portal O Global.

Provas injustas?

Os advogados do homem afirmam que é provável que as provas usadas para o incriminar tenham sido orquestradas pelos investigadores e até pela polícia, a fim de justificar sua condenação. O novo julgamento começou em 2023 e o veredito deve ser anunciado pelo tribunal até o final de setembro.

Em uma entrevista dada para a AFP em 2018, Iwao contou que as décadas que esteve detido — quase todas em isolamento e com a ameaça constante de sua morte — mexeram com sua saúde mental. Ele afirmou que sentia que “cada dia era uma luta”. Vale ressaltar que o Japão e os Estados Unidos são as únicas democracias industrializadas em que a pena de morte é legal.