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Notícias / R. Kelly

R. Kelly é condenado por diversas acusações de pornografia infantil e abuso sexual

Nesta quarta-feira, 14, o cantor R. Kelly foi condenado por produzir material pornográfico e abusar de menores

Redação Publicado em 15/09/2022, às 11h58

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O cantor R. Kelly sendo julgado - Getty Images
O cantor R. Kelly sendo julgado - Getty Images

O cantor, compositor e produtor musical Robert Kelly, 55, popularmente conhecido pelo nome artístico R. Kelly, foi condenado pelo júri federal nessa última quarta-feira, 14, em Chicago, nos Estados Unidos, por produzir vídeos de pornografia infantil e abusar sexualmente de menores.

O cantor, que já foi um dos mais populares do R&B nos Estados Unidos, foi denunciado três vezes por pornografia infantil e recebeu mais três acusações de abusos contra menores. Conforme publicado no 'The Guardian', o júri ainda o liberou de uma suposta quarta denuncia de pornografia.

Em 2008, o cantor já havia sido absolvido de um julgamento que também era em relação à pornografia infantil, por supostamente ter se filmado tendo relações sexuais com uma menor de idade, porém, tanto o compositor como a suposta vítima negaram as acusações.

Acusações sofridas

Em junho, um juiz federal de Nova York, condenou o cantor a 30 anos de prisão por extorsão e tráfico sexual. Kelly ainda está sendo julgado por duas más condutas sexuais, um dos julgamentos será em Minnesota e outro no tribunal estadual de sua cidade natal, em Chicago.

Durante o julgamento nessa quarta-feira, foram feitas diversas perguntas dos jurados sobre o caso, para saber se o cantor seduzia ou coagia as vítimas. Os promotores ainda buscaram representar Kelly como um exímio manipulador que aproveitou do seu dinheiro e fama para atrair fãs menores de idade.

Segundo as testemunhas, o cantor carregava os vídeos pornográficos que produzia em uma bolsa de ginástica. Ainda segundo eles, em 2008, Kelly ofereceu cerca de U$1 milhão para recuperar os vídeos antes de iniciar o seu julgamento. Os promotores informaram que os processos para ocultar os abusos realizados, ocorreu de 2000 a 2020.

Derrel McDavid e Milton Brown, foram co-réus durante o julgamento em Chicago, por supostamente terem ajudado Kelly a fraudar o julgamento em 2008. Porém, eles foram considerados inocentes das acusações sofridas.

No total, Kelly passou por 13 acusações, sendo que uma denúncia de pornografia infantil gera no mínimo 10 anos de prisão obrigatória, e o recebimento do conteúdo pode causar cinco anos.

Jennifer Bonjean, advogada do compositor, comparou as alegações e as provas do governo a uma barata e seu caso a uma tigela de sopa durante a sessão de julgamento nessa terça-feira, 13.

Ela disse, que se uma barata cair na sopa “você não pega a barata e come o resto da sopa. Você joga fora a sopa inteira”, disse ela aos jurados. “Há baratas demais”, completou ela no final da comparação.

Quatro pessoas que acusaram Kelly dos crimes cometidos testemunharam no julgamento, todas sendo mencionadas por pseudônimos ou seus primeiros nomes: Jane, Nia, Pauline e Tracy.

Jane, de 37 anos, foi a principal testemunha do governo, sendo essencial para as acusações de ameaças e pagamentos que Kelly realizava  para fazê-la mentir e assegurar que ela e sua família não testemunhassem durante o processo de julgamento em 2008.

Durante o processo, um vídeo dele abusando de uma menina de aproximadamente 14 anos, foi a principal prova do julgamento. Na época do vídeo, o cantor tinha 30 anos.

Um dos motivos de Kelly ter sido absolvido em 2008, foi porque a garota que aparecia no vídeo não testemunhou. Jane declarou que em 2002, ela mentiu durante o julgamento falando que não era ela a garota que aparecia no vídeo, por não querer complicar a situação de Kelly.

Ao ser questionada quando e quantas vezes eles tiveram relações sexuais antes da garota completar 18 anos, Jane disse que eles começaram quando ela tinha 15 e que foram “incontáveis ​​vezes… Centenas”.

A advogada de Kelly solicitou aos jurados para que rejeitasse o retrato criado pela promotoria falando que o seu cliente é "um monstro", alegando que o cantor foi forçado a acreditar em outras pessoas devido a desafios intelectuais que às vezes era desviado.