Confundindo líquido com água benta, padre batizou recém-nascida acidentalmente com ácido
Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 21/03/2023, às 10h25
Para os católicos, o batismo — ritual de purificação e consagração — é uma tradição milenar e extremamente importante e emocionante na vida de uma criança, sendo a primeira cerimônia que alguém passa na vida religiosa, geralmente feita com bebês e quase recém-nascidos. Porém, um rito desses quase resultou em uma tragédia na última segunda-feira, 20, na Itália.
Isso porque na igreja onde ocorreu o batizado da criança, localizada na comuna italiana de Villafranca Tirrena, da região da Sicília, província de Messina, a água benta utilizada no ritual continha, em sua composição, alguma espécie de ácido ou desinfetante de limpeza de pia, conforme noticiado pelo jornal local, La Gazzetta del Sud, e repercutido pelo UOL.
Apesar do susto, a mistura estava bastante diluída e, mesmo com a criança sendo levada rapidamente para o hospital, só sofreu ferimentos leves, e não precisou sequer ficar internada.
Apesar de o cenário todo parecer propício a uma tentativa de atentado à vida de um recém-nascido, a investigação indica que toda a situação não passou de um acidente.
De acordo com o UOL, a primeira reconstituição montada pelas autoridades locais indicava que o tio e padrinho da menina chegou a sentir um forte cheiro na água utilizada na cerimônia, e que notou que as gotas que caíram sobre a cabeça e pescoço da menina deixaram-na com marcas vermelhas na pele. Então, ele logo avisou o padre e pediu para que interrompesse o ritual.
Quando os policiais foram conversar com outros funcionários da igreja, porém, a situação ficou mais clara: um deles teria, sem que o padre soubesse, enchido uma garrafa de algum produto tóxico ainda não identificado com água e deixado sob a pia batismal. Então, um coroinha teria encontrado a garrafa e, acreditando se tratar de água benta, misturou aquele líquido com o que seria utilizado na cerimônia.
A família da recém-nascida, por fim, não fez qualquer denúncia formal contra a igreja ou seus funcionários. Conforme texto da ANSA ao UOL, eles informaram que o incidente foi apenas "fruto de uma desatenção" e que ocorreu de boa fé.
