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Notícias / Paris

Refugiados desabrigados são evacuados de prédios ocupados em Paris

Prédio desativado que abrigava até 450 imigrantes sem moradia, nos arredores de Paris, é evacuado; ONGs atribuem ação à proximidade das Olimpíadas

Éric Moreira Publicado em 17/04/2024, às 14h03

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Refugiados desabrigados em Paris, na França - Getty Images
Refugiados desabrigados em Paris, na França - Getty Images

Na manhã desta quarta-feira, 17, um prédio desativado que abrigava cerca de 450 migrantes em Paris, na França, foi desocupado. A maioria destas pessoas vivia em situação irregular, e agora podem ficar sem teto, após ação movida possivelmente pela proximidade dos Jogos Olímpicos.

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Conforme divulgado pela AFP, a operação já vinha ocorrendo há alguns dias de forma tranquila. Alguns destes refugiados estão sendo movidos para abrigos em outras regiões da França, mas a instabilidade e incerteza sobre as condições ainda é situação preocupante para estas pessoas.

Conforme repercutido pelo UOL, alguns destes migrantes moravam no prédio recém-desocupado há vários meses, seja por não conseguirem encontrar uma moradia no setor privado, ou por estarem na fila de espera por uma moradia social, disponibilizada pelo governo.

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Migrantes sem-teto e habitação de barracas em Paris, na França / Crédito: Getty Images

100 dias para as Olimpíadas

Há alguns meses, o coletivo Reverso da Medalha — que reúne várias associações de ajuda a pessoas em situação de rua — vêm alertando sobre qual seria o destino destes migrantes sem-teto após o desmantelamento de seus abrigos com a proximidade dos Jogos Olímpicos, que ocorrerão entre julho e agosto.

Há um ano estamos testemunhando desmantelamentos e as áreas onde estavam os acampamentos continuam vazias", disse Paul Alauzy, da ONG Médicos do Mundo, à AFP.

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A reportagem também chama atenção ao fato de que, há um ano, a antiga sede da Unibéton em L'Ile-Saint-Denis, onde viviam 500 migrantes, foi esvaziada. Agora, o destino destes migrantes segue incerto, mas as organizações de apoio chamam atenção para esta situação e cobra ao governo francês medidas para realocação e formação de novos abrigos para estas pessoas, que muitas vezes trabalham nos arredores de Paris e, por essa razão, não podem ser enviados para regiões mais distantes.