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Notícias / Arqueologia

Restos de antigo porta-moedas do século III são encontrados na Espanha

Objeto era feito de linho egípcio e armazenava 52 moedas em uma casa senhorial, até incêndio

Éric Moreira, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 16/05/2023, às 11h11

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Fragmentos de antigo porta-moedas incendiado do século III - Reprodução/Universidade de Granada
Fragmentos de antigo porta-moedas incendiado do século III - Reprodução/Universidade de Granada

Em meio a escavações realizadas em uma antiga casa senhorial romana localizada na cidade de Mérida, na Espanha, um curioso porta-moedas datado do século III foi encontrado, em fragmentos, devido a um incêndio que a propriedade sofrera na antiguidade.

Publicada no dia 22 de fevereiro na revista Arqueología, a descoberta consiste em meros fragmentos têxteis do objeto, feito de linho egípcio — que se deteriorou quase por completo no incêndio —, que se aderiram às moedas. O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Granada, do Consórcio Mérida e da Universidade Politécnica de Valência, como aponta a Revista Galileu.

O sítio arqueológico em que a descoberta foi feita, a Casa del Mitreo, era a moradia de uma importante e antiga família romana que vivia na região onde hoje se encontra a Espanha. Vale pontuar, ainda, que esta é apenas a segunda descoberta de um porta-moedas antigo da Península Ibérica, sendo o primeiro encontrado em Puente de Castro, em Léon, também na Espanha.

Análises

Conforme revelado por Leyre Morgado-Roncal, investigador do Departamento de Pré-História e Arqueologia da Universidade de Granada, em um comunicado, os fragmentos têxteis foram submetidos à limpeza, logo após a descoberta, para que pudessem ser melhor analisados. E a partir de observação com auxílio de microscópio, foram revelados restos do porta-moedas em 5 das 52 peças que antes ficavam ali guardadas.

Foi pontuado no estudo também que tanto os itens monetários quanto o porta-moedas datam do século III d.C., sendo a moeda mais nova de, no máximo, 250 d.C. E isso condiz bem com o período em que ocorreu o incêndio naquela propriedade, que a levou à desocupação por seus antigos donos.

Agora, os especialistas afirmam que é necessário continuar realizando e desenvolvendo novas análises sobre esse artefato e possíveis novos descobertos no futuro, a fim de aprofundar conhecimentos na cadeia produtiva de peças desse tipo.