Ranking feito por plataforma de cursos de idioma revelou em quais cidades as pessoas são mais 'boca suja' no trânsito
Segundo levantamento realizado por uma plataforma virtual de cursos de idiomas, a cidade de Campinas (SP) lidera o ranking de cidades brasileiras onde os moradores mais relatam falar palavrões no trânsito. A pesquisa abrangeu 15 municípios, incluindo 14 capitais do país.
A Preply, responsável pelo estudo, entrevistou 1.639 moradores, dos quais 33,33% dos entrevistados de Campinas afirmaram xingar enquanto dirigem. De acordo com o portal de notícias g1, esse índice é o mais alto entre todas as cidades e exatamente o dobro da média do restante do país, que é de 16,65%.
A psicóloga especialista em transtornos do impulso, Liliana Seger, ao analisar a pesquisa, alertou sobre o quão prejudicial pode ser o comportamento de falar palavrão para a própria pessoa que xinga.
Ela pode ser ruim para a própria pessoa tanto no sentido de uma raiva para dentro, uma forma como ela lida com isso, como também pode ser ruim para ela se ela pegar um outro indivíduo, ela abrir o vidro, xingar, e essa pessoa se sentir agredido e ir para cima dela, ela pode ter consequências bastante graves."
"Tudo é uma questão de frequência. Aquela pessoa que fala palavrão o dia inteiro, isso pode mostrar uma maior irritabilidade nessa pessoa na vida", destaca a profissional.
De acordo com o levantamento, cada pessoa considerada "boca suja" em Campinas fala, em média, três palavrões por dia. O ranking das cidades com maior número de palavrões é liderado por Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), onde cada pessoa fala em média oito palavrões por dia. São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) vêm logo em seguida, ambas com sete xingamentos por pessoa por dia.
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre as circunstâncias em que eles mais evitam falar palavrão. Em Campinas, a maioria das pessoas (89,47%) respondeu que evita xingar à mesa de jantar.
O levantamento foi realizado com 1.639 moradores de 15 cidades brasileiras que residem no local há pelo menos 12 meses. Para determinar a frequência de palavrões em cada cidade, os entrevistados relataram o número de vezes que xingam por dia, a partir do qual foi calculada a média.
