O presidente da Fundação Palmares usou as redes sociais para comentar a morte de Moïse Kabagambe e foi criticado
Sérgio Camargo, o presidente da Fundação Palmares, usou sua rede social na última sexta-feira, 11, para comentar a morte do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, espancado por cinco homens, em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Em seu Twitter, Camargo criticou a vítima e chamou Moïse de ‘vagabundo’. Ele também afirmou que a morte do congolês se deu como consequência do que o presidente da Fundação Palmares chamou de “modo indigno de vida”.
“Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava", escreveu.
Na ocasião, Sérgio ainda informou que “não existe a menor possibilidade" de a Fundação Palmares homenagear o congolês. Segundo ele, o crime foi ‘brutal’, mas, ‘nada teve a ver com ódio racial’.
De acordo com informações publicadas pelo portal de notícias g1, as falas geraram repercussão negativa. A família de Moïse Kabagambe afirmou que irá processar Camargo.