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Notícias / Sherlock Holmes

Sherlock Holmes: Arthur Conan Doyle odiava secretamente o personagem

Embora Sherlock Holmes fosse responsável pelo sucesso de Arthur, que chegou a ganhar o título de sir, 'sob a superfície ele era um homem descontente'

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 04/12/2023, às 12h40

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O escritor Arthur Conan Doyle - Domínio Público via Wikimedia Commons
O escritor Arthur Conan Doyle - Domínio Público via Wikimedia Commons

Arthur Conan Doyle se tornou um dos maiores escritores da história por conta de seu célebre personagem: o detetive Sherlock Holmes. Apesar do sucesso, o escritor escocês odiava secretamente o investigador

Segundo a historiadora Lucy Worsley, em artigo ao Radio Times, Conan Doyle nutria um desgosto por Holmes, culpando o detetive cerebral por impedir seu reconhecimento como autor de romance histórico. 

Arthur passou a ser reconhecido depois que suas histórias sobre o detetive começaram a ser publicadas em 1891, recorda a especialista. Uma década depois, ele foi condecorado com o título de cavaleiro da Ordem do Império Britânico — passando a ser referido como 'Sir'. 

Sob a superfície ele era um homem descontente", afirma Worsley.

A trajetória de Sherlock

Lucy Worsley recorda que Arthur Conan Doyle sofreu certa resistência para encontrar um editor que concordasse com as publicações das histórias de Sherlock Holmes. O escocês só obteve aprovação na quarta tentativa.

"Só depois que eles e outros dois rejeitaram o Sr. Holmes é que ele finalmente foi aceito por um quarto editor, muito mais vulgar. Disseram que a obra era exatamente o que procuravam: 'ficção barata'", descreve a historiadora. 

Embora o detetive fosse altamente lucrativo para Conan Doyle, ele decidiu matá-lo — após ganhar dinheiro o suficiente — em 1893, no conto 'O Problema Final', onde o detetive decide encarar o maior bandido de toda a Europa: o Professor Moriarty. Durante uma luta, os dois caem de um penhasco nas Cataratas de Reichenbach, na Suíça.

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Uma década depois, porém, Arthur foi atraído para ressuscitá-lo quando uma editora americana lhe ofereceu o equivalente a US$ 1,6 milhão", escreveu Worsley.

"Arthur deve ter se odiado. E ele teria odiado o fato de que hoje, 93 anos após sua morte, seus romances históricos permanecem sem serem lidos, enquanto seu detetive 'barato' — mas amado — vive para sempre em cena".