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Notícias / Astronomia

Sonda japonesa encontra água gaseificada em asteroide

Descoberta foi comunicada em novo estudo publicado na revista Science

Redação Publicado em 24/09/2022, às 13h26

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A sonda espacial Hayabusa2 em representação artística - Divulgação / JAXA
A sonda espacial Hayabusa2 em representação artística - Divulgação / JAXA

A sonda Hayabusa2, lançada no ano de 2014 pela Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), encontrou água gaseificada com dióxido de carbono (CO2) em um cristal presente em amostra do asteroide Ryugu. A descoberta foi comunicada em pesquisa publicada na revista Science, na última quinta-feira, 22.

Segundo informações da Galileu, o líquido continha sais e matéria orgânica que pertenciam ao corpo rochoso que deu origem ao asteroide. 

As amostras chegaram à Terra no dia 6 de dezembro de 2020 e passaram por uma série de análises realizadas pelo Instituto de Ciências Espaciais e Astronáuticas da JAXA.

Material semelhante ao do Sol

Segundo a agência espacial japonesa, as análises apontaram que Ryugu é composto por um material semelhante ao do Sol, com partículas formadas a uma temperatura superior a 1.000 ºC.

“Acredita-se que essas partículas de alta temperatura se formaram perto do Sol e depois migraram para o Sistema Solar externo, onde se acredita que Ryugu tenha se formado”, disse a JAXA, em comunicado. “Isso indica que a mistura em grande escala de materiais ocorreu entre o Sistema Solar interno e externo no momento de seu nascimento”.

Ainda de acordo com a fonte, o campo magnético das amostras revelou ser muito provável que o asteroide “pai” de Ryugu tenha surgido em meio ao gás nebular, tendo se acumulado cerca de 2 milhões de anos após a formação do Sistema Solar. Posteriormente, aqueceu até cerca de 50°C nos 3 milhões de anos seguintes, o que resultou em reações químicas entre água e rocha.

De acordo com a pesquisa, em um dos grãos do asteroide foi encontrada magnetita, um mineral de óxido de ferro, além de hidroxiapatita, um minério feito de fosfato, combinação que teria se formado a uma temperatura inferior a 40 °C.

Nas amostras que continham hidroxiapatita, havia terras raras, que são elementos químicos utilizados para fabricar ligas e vidrarias. “As terras raras ocorrem na hidroxiapatita do asteroide em concentrações 100 vezes maiores do que em outras partes do Sistema Solar”, disse Frank Brenker, quem lidera a equipe, em comunicado.

O profissional também ressaltou que todos os elementos dos metais de terras raras se acumularam em fosfato no mesmo grau, o que seria incomum. Segundo ele, essa seria uma indicação de que Ryugu seria um asteroide bastante primitivo, datando do início do Sistema Solar.

+Confira aqui o estudo completo