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Notícias / Grilo

União Europeia autoriza venda de farinha de grilo como alimento

A Itália criticou severamente a decisão do bloco que foi aprovada nesta quarta, 4

Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 04/01/2023, às 17h59

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Imagem ilustrativa de grilo - Foto de Gerhard_Romero, via Pixabay
Imagem ilustrativa de grilo - Foto de Gerhard_Romero, via Pixabay

Nesta quarta-feira, 4, uma decisão da União Europeia publicada na Gazeta Oficial chamou atenção por ser um tanto quanto diferente; o bloco anunciou a autorização para a venda de farinha de grilo Ancheta domesticus, parcialmente desengordurado. A medida entra em vigor em 24 de janeiro.

O pedido da Comissão à Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) sobre a autorização em questão teve início em 2020, mas só foi oficializada, de fato, agora. A iniciar do dia em que a regra entra em vigor, por um período de 5 anos, somente a empresa Cricket One Co Ltd está autorizada a comercializar o produto.

Após o anúncio, o partido de Giorgia Meloni, premiê italiana, se manifestou criticando a decisão. O Irmãos da Itália (Fdi) disse:

A introdução do grilo em pó como alimento na UE faz parte do desenho voltado a destruir as nossas tradições alimentares, a excelência da dieta mediterrânea e do Made in Italy. É desolador ver que perante às crises econômico-energética, diplomáticas e políticas, a Europa só se mantenha com medidas que beiram a loucura, como a regulamentação dos insetos como alimentos", disse a deputada do FdI e vice-presidente da Comissão de Agricultura na Câmara, Maria Cristina Caretta

População contrária

A maior confederação de agricultores da Itália, a Coldiretti, também se manifestou. Ela publicou uma pesquisa que aponta que 54% dos italianos são contrários a inclusão de insetos na alimentação. Outros 24% são indiferentes e somente 16% favoráveis.

"Para além da normal contrariedade dos italianos em relação a produtos muito distantes da cultura nacional, a chegada às mesas dos insetos levanta questionamentos de caráter sanitário e de saúde aos quais é necessário dar respostas, esclarecendo sobre os métodos de produção e sobre a proveniência e rastreabilidade considerando que a maior parte desses produtos vêm de países fora da UE, como Vietnã, Tailândia e China", diz a Coldiretti em nota.

A associação, segundo a ANSA, via Uol, lembra que a UE já autorizou a venda de larva-da-farinha-amarela e do Gafanhoto-migratório.