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Notícias / Holocausto

Videgame educacional apresenta experiência histórica sobre Holocausto na França

“The Light in the Darkness” quebra tabus ao reproduzir fielmente o dispositivo criado pelos nazistas para exterminar os judeus

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 28/02/2023, às 15h17

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Cena de 'The Light in the Darkness' - Divulgação
Cena de 'The Light in the Darkness' - Divulgação

Disponível gratuitamente para computador, “The Light in the Darkness” (ou ‘A luz na escuridão’, em tradução livre), que chegará em breve para os consoles, é um jogo ambientado na Segunda Guerra Mundial, mas sob uma perspectiva única no mundo dos games: o Holocausto

Enquanto os games do gênero tratam o tema de forma superficial, a narrativa criada por Luc Bernard se propõem a um caráter mais educacional, reproduzindo fielmente o dispositivo criado pelos nazistas para exterminar os judeus

The Light in the Darkness

Com personagens mais cartunescos, “The Light in the Darkness” acompanha uma família de judeus franceses oriundos da Polônia durante sua jornada sob o Regime de Vichy — a forma que os alemães usaram para administrar parte da França ocupada durante a Segunda Guerra Mundial — até a detenção da família, em 1942, e transferência para o campo de concentração de Pithiviers.

Como já dito, embora a Segunda Guerra Mundial sirva como pano de fundo para diversos jogos da indústria, abordar o Holocausto é visto como um ponto fora da curva, visto que desenvolvedoras evitam a temática para se esquivarem de possíveis polêmicas, superficialidade ou até mesmo infringir alguma questão ética. 

Segundo a AFP, porém, Luc Bernard visa quebrar esse tabu. "Os jovens jogam jogos sobre a Segunda Guerra Mundial, como 'Call of Duty', onde [o Holocausto] quase não é mencionado".

É um pouco como negar que existiu", prossegue. 

Em seu jogo, porém, outro ponto chama a atenção: o jogador não é capaz de controlar o desenvolvimento da história, se tornando apenas uma figura passiva ao longo do trágico destino de seus protagonistas. 

"Eu não poderia fazer um jogo, em que você ganha no final", explica Luc. "Não foi assim no Holocausto, não havia escolha".

Para o desenvolvimento de “The Light in the Darkness”, o francês fez uma longa pesquisa em arquivos do Holocausto disponíveis no acervo dos museus de Washington e Los Angeles, além de recorrer a depoimentos de sobreviventes.