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Matérias / Arqueologia

344 anos desaparecidos: Os impressionantes navios de batalha encontrados na Suécia

Confeccionados durante o século 17, as descobertas puderam jogar luz sobre uma importante decisão do rei Carlos X Gustavo

Wallacy Ferrari Publicado em 01/06/2021, às 11h23

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Imagem tirada no fundo do mar contendo a embarcação - Jim Hansson/Vrak/SMTM
Imagem tirada no fundo do mar contendo a embarcação - Jim Hansson/Vrak/SMTM

Em 1677, o desaparecimento de duas importantes embarcações marítimas, transportando os principais homens das tropas da Suécia, chamou a atenção do então rei Carlos X Gustavo, que pouco antes havia ordenado uma invasão com o máximo de seus oficiais e equipamentos até a Polônia.

Os navios de guerra tiveram, anos antes, a oportunidade de serem testados, participando com sucesso das batalhas de Møn, em 1657; e a Batalha do Som, em 1658. Confeccionadas juntas no ano de 1648, como registra o portal Galileu, elas foram nomeadas como Apollo e Maria.

Com o sumiço histórico, no entanto, as associações de participações em batalhas e conquistas permaneceram desconhecidas pela cultura sueca, visto que os navios nunca retornaram ao país. A luz sobre o que realmente aconteceu com o veículo surgiu mais de 30 décadas depois.

Imagem tirada no fundo do mar contendo a embarcação / Crédito: Jim Hansson/Vrak/SMTM

No fundo do mar

Durante uma expedição arqueológica em 2019 promovida pelo Vrak Museum of Wrecks, uma instituição sueca de preservação da memória marítima do país, duas grandes estruturas no fundo do mar impressionaram os pesquisadores, conduzindo a ronda para as duas embarcações históricas.

Em destroços, amostras de vigas, madeiras, armações e itens no convés puderam ser recolhidos para análises, mas garantindo que o afundamento ocorreu em Vaxholm — ou seja, nem chegaram a alcançar o solo polonês como ordenado. Contudo, ainda restava um mistério sobre a origem.

Se o navio era de origem sueca, poderia fazer parte da famosa linha do navio Vasa, sendo um dos navios irmãos Äpplet, Kronan e Scepter. Porém, ao retornar os materiais para análise, a relação de tamanho, material e estudos químicos apontaram que os veículos realmente eram Apollo e Maria.

Mapeamento dos itens coletados em relação a montagem do navio / Crédito: Jim Hansson/Vrak/SMTM

Exames de confirmação

Usadas para fazer a datação dos cortes e cultivo, as madeiras foram um importante ponto para a análise de Jim Hansson, o principal autor da pesquisa. Em comunicado, ele explicou que os carvalhos teriam sido derrubados entre os invernos de 1646 e 1647, sendo usados para a construção do barco cerca de um ou dois anos depois, período compatível com o registro de construção das embarcações.

Além disso, o ponto mais largo do navio possuía 8,7 metros de largura e um comprimento estimado em 35 metros, sendo um indício de que realmente pertenceu ao século 17, onde as proporções eram semelhantes. Tal estimativa foi alcançada com a digitalização dos itens, que puderam remapear o navio em escala virtual, como informou o comunicado do museu.

Hansson explicou a importancia do descobrimento do destroços, clareando uma batalha histórica: “No final, tínhamos todas as peças do quebra-cabeça de que precisávamos para saber quais navios estavam envolvidos. As dimensões e a forma dos navios combinam com as medidas das fontes. E a origem das amostras de madeira, onde pensamos que o norte da Alemanha para o navio menor Apollo e o leste da Suécia para o maior Maria, também estavam corretas".


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