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Matérias / Reino Unido

A morte de Amy Robsart: o episódio que envolveu até mesmo a rainha Elizabeth I

Vivendo em uma luxuosa mansão em Somerset, a jovem de apenas 28 anos foi encontrada sem vida na escada, resultando num mistério durante séculos

Wallacy Ferrari Publicado em 07/06/2020, às 09h00

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Amy em montagem com um retrato simulando a cena de sua morte - Wikimedia Commons
Amy em montagem com um retrato simulando a cena de sua morte - Wikimedia Commons

Amy Robsart era filha única de um substancial cavalheiro de Norkfolk e cresceu na alta sociedade inglesa, em Stanfield Hall. Com uma educação cuidadosa, a jovem foi orientada em uma residência protestante e, pouco antes de completar a maioridade, já tinha a oportunidade para ser inserida numa família real.

Três dias antes de completar 18 anos, casou-se com Robert Dudley, filho mais novo de John Dudley e, posteriormente, conde próximo a rainha Elizabeth I. Com a mesma idade, Amy e Robert tinham o amparo de John, que na época, liderava o governo do rei Eduardo VI.

Ao mesmo tempo, existiam rumores de que a soberana teria se relacionado intimamente com Dudley, a quem chamava carinhosamente de “doce Robin”. Depois de nomeá-lo como mestre da cavalaria, que garantia um encontro quase todos os dias, todos passaram a dizer que Sua Majestade também o fazia visitas em seus aposentos durante a noite. No entanto, o casamento ocorreu.

Após a cerimônia, o casal passou a residir na Somerset House, sendo Robert o principal detentor do palácio renascentista. Apesar de levarem uma vida modesta, a mansão foi aceita pelo simples fato de que uma residência nova apenas para o casal acarretaria em custos indesejados pelo marido, que passava por diversos problemas políticos e financeiros.

Retrato de Amy Robsart (à esq.) e Robert Dubley (à dir.) / Crédito: Wikimedia Commons

Com uma longa escadaria em seu hall de entrada, a subida dava acesso aos dormitórios no primeiro andar da residência. Na manhã de 8 de setembro de 1560, Amy foi encontrada no último degrau, caída e desacordada. Quando os funcionários da casa a levaram para um local plano, foi possível constatar sua morte, aos 28 anos.

Robert, que estava em Winsdor com a rainha, soube do caso após o contato de seu administrador. De imediato, uma grande especulação dentro da residência ganhou vida, buscando saber a causa do falecimento.

Alguns relatos de empregados afirmavam que, há semanas, a jovem reclamava de dores em um dos seios, porém, não condizia com as condições que fora encontrada.

Robert Dudley, conde de Leicester, visita sua esposa, Amy Robsart, em Cumnor Place / Crédito: Wikimedia Commons

Com a ajuda de um médico legista e 15 jurados, uma investigação concluiu que a causa parecia um acidente. Amy havia caído e quebrado o pescoço nos degraus, porém, sem conseguir acrescentar se houve interferência humana.

Entre os ferimentos notados, dois cortes na cabeça pareciam ter sido causados pelo peso do corpo ao se chocar com as quinas, causando estranhamento pela agressividade.

Possível assassinato?

Na época, a oposição passou a sugerir que Elizabeth I estaria envolvida, como forma de ter o homem apenas para si. Mesmo com o acontecimento, ambos continuaram com a amizade. Mas, essa não seria a única suspeita.

Com o corpo encontrado já frio, a crença de que Amy já estava morta há horas levantou suspeitas de fora da casa, sem descartar funcionários. Um dos relacionados foi John Appleyard, que lucrara com anuidades e termos de cargos de Robert, porém, que havia brigado com o conde.

A suspeita foi levantada pelo próprio viúvo, que chegou a oferecer uma recompensa de mil libras pelo rival.

John chegou a ficar um mês preso e não fazia questão de cooperar com as investigações, afirmando que a morte da esposa de Robert poderia ter sido “relacionada a qualquer pessoa”, visto que nem mesmo o relatório médico do legista apontava algum tipo de ataque.

O cavalheiro-retentor Sir Richard Verney também foi descrito pelo comportamento estranho nos episódios que antecederam o ocorrido, mas foi descartado.

O relatório médico se tornou um documento público apenas em 2008, após uma restauração do Departamento de Arquivos Nacionais do Reino Unido. A conclusão de queda acidental é compatível, mas também relacionou um possível suicídio de Amy.

A dor nos seios, relatada pelos funcionários, pode ter sido um câncer de mama que afetou sua coluna vertebral, causando algum tipo de inabilidade na hora de descer a escada.


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