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Matérias / Religião

Afinal, o que é o Domingo de Ramos?

A data é comemorada neste domingo, 24, e possui um símbolo muito importante para a fé católica ao redor do mundo; saiba qual!

Isabelly de Lima Publicado em 24/03/2024, às 08h00 - Atualizado às 10h11

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Imagem ilustrativa de pessoas segurando ramos - Foto de ddcreativohn, via Pixabay
Imagem ilustrativa de pessoas segurando ramos - Foto de ddcreativohn, via Pixabay

O Domingo de Ramos, celebrado neste domingo, marca o início da Semana Santa e representa um momento singular na liturgia cristã. É um dia de contrastes, onde a alegria da entrada de Jesus em Jerusalém se mescla à solenidade e à reflexão sobre a Paixão que se aproxima.

A celebração começa com a bênção dos ramos, que podem ser de palmeiras, oliveiras ou outras plantas, simbolizando a vitória de Jesus sobre a morte e a esperança da ressurreição. Os fiéis agitam os ramos e entoam cantos festivos, relembrando a multidão que aclamou Jesus em sua entrada em Jerusalém.

Fiéis em uma celebração de Domingo de Ramos - Wikimedia Commons, sob licença Creative Commons

A liturgia segue com a leitura da Paixão, um relato dos sofrimentos e da morte de Jesus. É um momento de reflexão e introspecção, convidando os fiéis a meditarem sobre o sacrifício de Cristo e seu significado para a redenção da humanidade. Mas, como surgiu essa tradição na igreja católica?

Tradição bíblica

Segundo a tradição e a história apresentada na Bíblia, Jesus entrou em Jerusalém através das "portas douradas", montado num pequeno jumento. Sua chegada foi prontamente reconhecida como um gesto de paz, contrastando com a imagem de um guerreiro a cavalo, que era comum na época.

Em vez disso, Jesus, ao chegar em um humilde jumento, simbolizava sua mensagem de paz, como informado pelo portal Estado de Minas.

Este momento crucial é profetizado em um trecho do Livro de Zacarias (9,9), onde se anuncia:

Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e trazendo a salvação, humilde, e montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta". 

De acordo com a escritura sagrada do catolicismo, o povo de Jerusalém recebeu Jesus com grande alegria, espalhando ramos de palmeiras e oliveiras em seu caminho.

Esse gesto, também visto como um costume antigo de celebrar a chegada de um conquistador, simbolizava o triunfo. Assim, o evento ficou consagrado como o Domingo de Ramos.

Símbolos da ocasião

Assim como todos os ritos religiosos — independente da religião —, existem símbolos e atitudes simbólicas durante a celebração do Domingo de Ramos. Os ramos em si representam a vitória de Jesus sobre a morte, a esperança da ressurreição e a aclamação popular.

Imagem ilustrativa de ramos e uma cruz de madeira - Reprodução / Freepik

O jumento da história simboliza a humildade de Jesus, que entra em Jerusalém como um servo e não como um rei. Os mantos representam a submissão e a reverência ao Rei Messias.

A palavra mais comum na celebração católica de um Domingo de Ramos é 'Hosana' que representa "salva-nos agora" e era um grito de aclamação usado pelos judeus. É exatamente por isso que muitos católicos, na data, levam para as missas ramos, que são abençoados e entregues para a própria igreja, a fim de serem queimados depois.

Motivo da queima

A queima dos ramos secos representa a morte e o fim de um ciclo. As cinzas resultantes simbolizam a humildade, a penitência e o reconhecimento da fragilidade humana. Mas, assim como a fênix renasce das cinzas, a tradição também aponta para a esperança da ressurreição e do novo começo.

Imagem ilustrativa de padre segurando algumas cinzas de ramos - Foto de Amplitudy, via Pixabay

Na igreja, os ramos são guardados e, no ano seguinte, queimados, transformados em cinzas usadas na Quarta-Feira de Cinzas, segundo o Pe. Jesus Flores, em uma entrevista ao portal Pai Eterno, em 2015.

Vale ressaltar que a tradição da queima dos ramos e da utilização das cinzas na Quarta-feira de Cinzas pode variar ligeiramente entre diferentes denominações cristãs e culturas. No entanto, o simbolismo central de morte, renascimento e transformação permanece o mesmo.