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Matérias / Ciro Gomes

Ao Jornal Nacional, Ciro Gomes discute programa de renda mínima e críticas a Lula e Bolsonaro

Ciro Gomes foi o segundo entrevistado da sabatina do Jornal Nacional, nesta terça-feira, 23

Redação Publicado em 23/08/2022, às 21h50

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Ciro Gomes durante entrevista ao Jornal Nacional - Reprodução/TV Globo
Ciro Gomes durante entrevista ao Jornal Nacional - Reprodução/TV Globo

Após o presidente Jair Bolsonaroresponder perguntas sobre democracia, pandemia de covid-19, economia e mais, foi a vez da sabatina do Jornal Nacional conversar com o canditado a presidência Ciro Gomes (PDT), nesta terça-feira, 23. 

Entrevistado pelos âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos, o candidato Ciro Gomes falou sobre economia, polarização política, meio ambiente e mais. 

Inicialmente, Ciro Gomesfoi questionado a respeito do clima de polarização entre Bolsonaro e Lula, candidatos que lideram as pesquisas eleitorais, contudo, se refere aos políticos com 'termos bastante duros'. 

"Eu pretendo unir o Brasil ao redor de um projeto e esse projeto tem um diagnóstico. Eu acho que o o Brasil vive hoje a mais grave crise. Se nós tomarmos em atenção os números do desemprego, da fome. Fome, fome, fome. 33 milhões de pessoas estão com fome. Cento e vinte, não fizeram as três refeições hoje. E há pessoas e grupos políticos responsáveis por essa tragédia. E eu acho francamente que a maior ameaça à democracia é o fracasso dela na vida do povo. Mas eu vou me esforçar para unir o Brasil. A unir o Brasil, reconciliar o Brasil. O que não me parece a ver com tradição", respondeu Ciro

O Jornal Nacional, diante da resposta do candidato, volta a questionar Ciro Gomes a respeito da maneira como se dirige aos mandatários: "Eu volto a lhe fazer a pergunta: esse discurso não agrava esse clima de polarização?"

Ciro, então, responde ao citar a corrupção no Brasil, desastre econômico e privilégio. O candidato também disse que levaria em consideração as ponderações.  

"Eu talvez deva levar em consideração sua pergunta, mas repare: a corrupção é praticada por pessoas, e o desastre econômico, o privilégio... que faz com que o Brasil tenha cinco pessoas acumulando a renda dos 100 milhões de nacionais, brasileiros mais pobres, de classe média. É responsabilidade de pessoas e de grupos. Elas têm que ser apontadas, indicadas, mas não olhando para trás. Olhando para frente. Porque a ciência da insanidade dizia o Einstein, talvez o maior cérebro da idade moderna, a ciência da insanidade é você repetir as mesmas coisas e esperar resultado diferente. Eu estou tentando mostrar ao povo brasileiro que essa polarização odienta, que eu não ajudei a construir, pelo contrário, eu estava lá em 2018 tentando advertir que as pessoas não podiam usar, vamos dizer, a promessa enganosa do Bolsonaro para repudiar a corrupção generalizada e o colapso econômico gravíssimo que foram produzidos pelo PT. Isso aconteceu no Brasil e agora está se tentando repetir uma espécie de 2018. Portanto, a gente tem que denunciar isso, recompreendendo, respeitando, vou levar em consideração as suas ponderações, mas nós temos que ser duro, sabe? A corrupção é um flagelo no Brasil", disse Ciro.

Economia 

O candidato também fora questionado sobre planos para economia ao ser abordado com o tema 'programa de renda mínima'. Enfatizando que que o governo atual aumentou o auxílio para R$ 600 reais, Ciro foi abordado a respeito de implantar uma renda mínima de R$ 1.000.

"Essa é uma boa pergunta porque eu peço às pessoas para me darem oportunidade numa, é cirotv.com.br . Ela vai estar no ar competindo com a Rede Globo a partir de sábado. Brincadeira, né? Mas eu quero explicar ali, né? Mas você me dá a oportunidade. Veja o que eu estou propondo é uma perna de um novo modelo previdenciário. Então eu vou pegar o BPC (Benefício Prestação Continuada), a aposentadoria rural de muitos brasileiros que ainda remanescem, que não contribuíram no passado, o seguro desemprego. E pegar todos os programas de transferência, especialmente o novo Bolsa Família, que é o Auxílio Brasil, transformar em um direito previdenciário, constitucional. Ou seja, ninguém mais vai depender de político A, político B, eleição A, como está acontecendo. Ameaças e tentativas de manipular o sofrimento mais humilhado do nosso povo, das mães de família que estão vendo seus filhos dormir hoje com fome. Isso me dói o tempo todo. Essa é a minha história de vida. E essa consolidação dá R$ 290 bilhões", disse Ciro Gomes. 

Questionado se a 'conta fecha', o candidato explicou o que pretende fazer. "Fecha porque eu vou agregar para fechar os R$ 297 bilhões dos recursos que já existem. Eu vou agregar um tributo sobre grandes fortunas apenas e tão somente sobre os patrimônios superiores a R$ 20 milhões. Entenda bem, só 58 mil brasileiros têm um patrimônio superior a R$ 20 milhões. O que quer dizer o seguinte: que cada super rico no Brasil vai ajudar a financiar com R$ 0,50 apenas de cada R$ 100 da sua fortuna a sobrevivência digna de 821 brasileiros abaixo da linha de pobreza. Ou seja, aqueles domicílios que as pessoas ganham R$ 417,00 ou menos por cabeça, por mês".

Alianças 

Em seguida, Ciro Gomes também foi questionado a respeito das alianças que não foram formadas pelo PDT nesta eleição. "A candidatura Ciro Gomes pelo PDT é uma candidatura, como se diz, puro sangue. É uma chapa sem alianças. Como é que o senhor pretende formar a maioria no Congresso pra aprovação das suas propostas?" 

Ao responder, Ciro Gomes disse que quer 'mudar o modelo econômico'. 

"Eu proponho mudar o modelo econômico, que é uma tarefa profundamente complexa e difícil. Eu pretendo mudar também o governo, modelo de governança política. Pedindo às pessoas para pensarem juntos, juntas comigo. O Brasil se redemocratizou, se nós tomarmos eleições diretas para presidente em 89. O Collor governou com esse modelo e foi cassado. O Fernando Henrique e o PSDB nunca mais ganharam eleição nacional governando com esse modelo. O Lula foi parar na cadeia governando com esse modelo". 

Antes de prosseguir, o Jornal Nacional questionou Ciro qual seria o 'modelo' citado na frase. 

"É o que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão na expressão elegante do Fernando Henrique ou nessa adesão vexaminosa e corrupta ao centrão. Mas a questão básica pra explicar. Então se a gente não chegar a conclusão, Bonner, Renata, de que este modelo é a certeza de uma crise eterna. Lula pra cadeia, Dilma cassada, Collor cassado, Fernando Henrique e o PSDB nunca mais disputaram a eleição nacional e Collor cassado. E o Bolsonaro desmoralizado agora. Então veja, qual é a minha proposta? A minha proposta é transformar minha eleição. Isso é muito importante pra dona de casa que está nos ouvindo, pro cidadão brasileiro. Transformar a minha eleição não num voto pessoal, mas num plebiscito programático eu vou tentar forçar uma mão em todas as ocasiões que eu tiver oportunidade mais uma vez agradeço a vocês, aos senhores, estão me chamando de senhor, né? Está aqui pra que a gente discuta ideias, porque com isso eu celebro um uma nova cumplicidade com o povo brasileiro. Eu fui governador do Ceará. O mais popular governador do Brasil", disse ele.